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Como fica?

Activision Blizzard é julgada, mas e as outras empresas?

Activision Blizzard continua a ser processada, diz que irá se ajustar, mas o que as outras empresas tem a dizer?
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Activision Blizzard
(Imagem: Divulgação)
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Nos últimos meses estamos assistindo a um dos maiores processos que uma empresa do universo dos jogos está sofrendo. A Activision Blizzard foi acusada pela Equal Employment Opportunity Commission para que indenizasse os funcionários afetados pela desigualdade com salários atrasados e danos, bem como seguro que a empresa “instituiria e executaria políticas, práticas e programas para garantir oportunidades iguais de emprego, e para erradicar os efeitos de suas práticas de emprego ilegais passadas e presentes.”

É uma importante vitória para todos aqueles que não aceitam mais esse mundo que envolve o abuso verbal, assédio, diferenças salariais, desigualdade no local de trabalho, além de tantas outras. E isso vindo de uma empresa que cria jogos para os seus filhos! Sim, a Blizzard é um dos maiores nomes do entretenimento, criadora de clássicos como World of Warcraft, Diablo, Call of Duty, Spyro, entre outros.

Essa deveria ser uma empresa que representasse mais do que os sonhos das pessoas. Deveria ser o orgulho e o exemplo para milhares no mundo que sofrem diariamente com abusos domésticos, bullying, preconceito, desigualdade social e tudo o que ela está sendo processada. Portanto, é de doer o coração quando alguém como eu, que cresceu jogando títulos da Activision como River Raid, Pitfall, WoW, Diablo e outros clássicos vê que a empresa que tanto admirava está envolvida em algo desse tipo.

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Quantas vezes crianças como eu não chegavam em casa e ligavam o seu Atari e com o passar do tempo o PC e outros consoles para se aventurar por mundos além do que viviamos e procurar um porto seguro e depois sair de lá fortalecidos pois eram essas as histórias contadas em seus jogos? Pois bem, a Activision Blizzard pode estar com o seu nome sujo e ser uma vilã, mas quem realmente faz isso são as pessoas que lá estão.

Não todas, mas uma leva de “profissionais” que usaram e abusaram do seu poder e do nome da empresa. Fizeram o que quiseram e se acharam Deuses e que jamais seriam pegos. Mas vale lembrar e destacar sempre que após todas essas revelações gostaríamos de saber também sobre as outras empresas do setor.

Elas também possuem esses problemas? E sem dizer “cultura”, pois cultura é “compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música local, artes, vestimenta, entre inúmeros outros aspectos.” E chamar de “cultura do estupro”, “cultura do assédio”, é elevar que essas coisas são boas e não são.

Voltando as outras empresas, gostaria de saber como elas lidam com isso. Não vimos a Capcom, Nintendo, SEGA, Sony, Microsoft e outras vindo a público e dizer o que elas achama de tudo isso. Mas quase que diariamente lemos o que a Apple acha da forma como a Epic Games trabalha e quer monopolizar Fortnite.

Está na hora de termos uma visão mais clara do que essas empresas fazem para melhorar a vida de seus funcionários, pois continuo a acreditar em empresas que realmente fabricam sonhos que podem se tornar reais e onde nossos filhos possam trabalhar e fazerm a diferença. Além disso ninguém quer ter um jogo em casa feito por alguém que é acusado de assédio. Ou quer?

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