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Saúde Mental

É hora de discutir a saúde nos eSports

Jogadores amadores e profissionais estão sujeitos a vários problemas de saúde físico e emocional.
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(Imagem: Divulgação)
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Até um pouco tempo atrás quando se falava a respeito de jogadores, eram dos esportes físicos como de futebol, basquete, entre outros. Hoje ao se falar de jogadores, já podemos incluir dos esportes online. O mercado gamer cresceu enormemente nas últimas décadas. E com a chegada de jogos mais competitivos como Street Fighter, FIFA, PES, Counter Strike e uma avalanche de outros títulos, os campeonatos começaram a nascer.

Alguns começaram na casa de alguém e com o tempo foram crescendo dentro de eventos nerds até terem seus próprios torneios com milhares de dólares em jogo. E para essas competições estão os jogadores entre outros profissionais da área. Não é por acaso que após o nascimento essas novas áreas, velhas profissões também tiveram que começar a rever e criar novos conceitos.

Uma delas é a saúde. De suma importância em qualquer profissão, as pessoas da área da saúde sempre estiveram que estar na vanguarda de fazer estudos a respeito de novas doenças. Se antes quando se falava sobre LER (Lesões por Esforços Repetitivos), logo se pensava em digitadores e qualquer outra pessoa da área de tecnologia, hoje essas doenças já são atribuídas para os jogadores de eSports.

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E não apenas tendinites e outros problemas físicos, mas também os que dize respeito a saúde mental e emocional. O estresse pelo qual esses jovens passam não é algo tão simples. Pode até parecer bobeira, mas vivemos uma novidade em todos os campos. Não tivemos uma oportunidade de transição dessa área como aconteceu com os esportes físicos.

Um exemplo é o futebol, que passou décadas sendo aprimorado. Se antes os jogadores cuidavam de sua própria carreira, aos poucos eles foram ganhando profissionais para os ajudarem na área, como agentes mais qualificados, administradores, departamento de marketing e profissionais da área de saúde. Por esse motivo, atualmente não temos tantas notícias de jogadores que encerram suas carreiras na pobreza ou que se tornaram alcoólatras.

Só que infelizmente, isso não tem acontecido – ainda -, de uma maneira tão produtiva no mercado de eSports. Existem sim profissionais que os ajudam, como o Dr. Victor Kurita, com o qual pude fazer um bate papo a respeito de saúde física e mental e o papel dos pais na vida dessas pessoas, alguns departamentos de marketing, assessores etc. Mas se olharmos mais a fundo, ainda vemos que são crianças lidando com algo totalmente novo e que mexe com as emoções.

Emoções de milhares de pessoas que amam aqueles jogos e que acabam se vendo no lugar desses profissionais. Este é um mercado ainda novo e não temos jogadores “aposentados” de verdade para falarmos se o que está aí funciona ou não. As chamadas aposentadorias são precoces e muitos alegam cansaço mental e emocional, mas apenas migram dos jogos para virarem comentaristas e depois retornam.

Não sabemos ainda até que idade um jogador de eSports pode continuar a jogar mantendo todo o seu foco e saúde física e mental. Não sabemos de nada ainda. Por isso, discutir a saúde nos eSports é de fundamental importância e ela começa em casa com a sua família. E também com um bom médico, antes de querer partir para ficar horas e mais horas na frente de uma tela.

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