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Opinião

Escape Room 2: Tensão Máxima, bem que poderia ganhar uma versão para os consoles e PC

Escape Room 2: Tensão Máxima é melhor do que seu antecessor, tanto que dá vontade de pegar o controle e sair apertando os botões loucamente!
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Escape Room 2 Tensão Máxima
Imagem: Sony
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Depois de um primeiro filme até que interessante, mas que não dava tanta tensão e um final que ficou em aberto e que talvez prometesse um segundo longa superior, Escape Room está de volta. Com a temática baseada nos jogos de Escape, Escape Room 2: Tensão Máxima, no original Escape Room: Tournament of Champions (Torneio dos Campeões, o que é mais legal), começa imediatamente onde o primeiro acabou, com Zoey (Taylor Russell) e Ben (Logan Miller) tentando se vingar da corporação Minos pelos acontecimentos do primeiro filme.

Desta vez os dois personagens vão até Nova York e acabam por encontrar outras pessoas que também participaram e sobreviveram ao Escape da Minos. Por esse motivo, Torneio dos Campeões do título original. Também somos apresentados a pessoa que monta as salas em uma breve introdução e como acontece com a temática de triller psicológico e investigação, assim como nas salas de Escape, é mais do que necessário prestar atenção a todos os elementos apresentados na tela, pois serão mais do que fundamentais para a compreensão do filme e inclusive do seu final.

Diferente do primeiro filme, Tensão Máxima segura muito mais o espectador por abordar as salas de Escape e sua real motivação, pois o longa mostra todos os elementos que uma sala desse tipo possui: cadeados, enigmas, trabalho em equipe, tensão e saber discutir sem precisar chegar as vias da violência.

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E este é o ponto principal que a sequência passa muito longe do primeiro. Enquanto no original as salas eram até interessantes de se ver, elas eram mais voltadas para um filme do estilo Jogos Mortais do que realmente de Escape. Além disso os personagens eram egoístas – e realmente eram para ser devido ao seu passado -, e faltava passar emoção para que o público pudesse sentir empatia por eles.

Lembra muito alguns jogos de terror psicológico que ninguém sabe o motivo pelo qual tal personagem está ali presente. Nesse ponto, Escape Room poderia ter mergulhado no perfil psicológico de personagens como os de Resident Evil e Silent Hill, que possuem uma base interessante para os protagonistas, diferente de outros títulos que são apenas isso, títulos de corre para lá e para cá e não trazem nada de novo.

A base é interessante, mas ainda faltou alguns elementos para que o público possa se identificar e até sentir a dor da perda. Mas isso é algo que poucos trillers conseguem fazer. De qualquer forma, isso não atrapalha a narrativa e os desafios de cada sala de Escape que são muito inteligentes. Além de inteligentes, eles são mais “reais”, e dá vontade de participar de todas as salas presentes em Escape Room 2: Tensão Máxima, lógico, sem a parte de risco de morte.

O filme tem um final interessante, mas muito rápido. O desfecho para toda a proposta é sem sal e as perguntas de como conseguiu sair, onde o outro personagem foi parar, quais eram as ameaças que o antagonista sofria para fazer o que fazia, ficam pairando. Algumas dão até para entender, pois estarão no terceiro filme. Mas mesmo assim, outras parecem até erro e que alguns personagens foram esquecidos.

Este é um triller que todo fã de jogos do estilo, seja das salas temáticas ou dos videogames irá curtir e até torcer para que ganhe uma versão para os consoles e PC. Ele possui toda a narrativa, puzzles e motivos suficientes para uma boa dose de aventura na frente da tela. Portanto, fica aí uma ideia para os produtores transformarem esse longa em um transmidia.

Escape Room 2: Tensão Máxima é um bom filme para aqueles que curtem uma tensão, principalmente das salas de Escape ou apenas passar o seu tempo sentindo o drama e o desespero de não pisar em falso. E nunca ter medo andar, foi tão real quanto nesse filme.

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