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Deveria virar jogo

Prisão de Sal: um livro que não é um jogo, mas que tem tudo para virar um

A literatura nacional possui ótimas histórias, que envolvem seus leitores e com certeza seriam ótimos roteiros para um jogo.
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Prisão de Sal - Savaldor
(Imagem: Divulgação)
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Jogos que envolvam fantasia, mitologia e mistério, são famosos e em sua maioria, excelentes títulos. E se tiver uma mistura de suspense, com personagens carismáticos e uma história envolvente, aí com certeza é será um sucesso de crítica e com os jogadores. Existem muitos jogos nesse sentido, como The Signifier, que por sinal chegou a ganhar uma Versão do Diretor.

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    Ainda dá para entrar nessa categoria, Life is Strange 2 e por aí se segue. Por sinal, estes dois jogos são do estilo point and click. Mas o que eles tem a ver com o título? Vamos lá! Prisão de Sal é um livro nacional dos autores Arlindo Neto e Pietra Von Bretch, que por sinal já foi destaque nesta coluna, que em muito lembra um desses jogos.

    Prisão de Sal

    Prisão de Sal

    Uma série de mortes assola Salvador e a polícia local se vê em um beco sem saída. Um assassino está à solta e a trilha de corpos e os padrões inexistentes desorientam os serviços de inteligência. Um casal de turistas se envolve no meio de uma trama, na qual não apenas as suas vidas estão em jogo, mas suas almas.

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    Quando o mistério toma conta da Baía de Todos os Santos, fica claro que as motivações para as mortes são mais antigas, mágicas e profundas do que aparentam. Feiticeiras, humanos e seres do submundo iniciam uma corrida contra o tempo para restabelecer o equilíbrio das forças místicas. Reviravoltas de tirar o fôlego, alianças inesperadas, tensão e surrealismo dispostos em um tabuleiro com peças que nada se assemelham às do xadrez. Pode um mal milenar ser contido?

    Um roteiro para jogo

    Ao ler Prisão de Sal, é dificil não perceber e imaginar este livro como um jogo no estilo “aponte e clique”. Sua narrativa envolvente com todo o mistério e principalmente o local onde ela ocorre, Salvador, dão um toque perfeito para um jogo do gênero. Por sinal, a história de Prisão de Sal, por envolver a cidade da Bahia, lembra o estilo jogo The Signifier.

    Com um mapa para se locomover de um lugar para o outro, pastas e arquivos a serem decifrados, Prisão de Sal possui todos os elementos necessários para se tornar um jogo. Seus personagens que acabam se envolvendo em uma trama “milenar”, ainda devem resolver quebra-cabeças, se locomoverem pela cidade e terem que encontrar com outros personagens que lhes ajudem a decifrar e concluir a história.

    Este é o tipo de roteiro que faz sucesso entre os jogadores, pois Prisão de Sal possui todo o visual que é característico a um título point and click, além de trazer a cidade de Salvador como plano de fundo. Imagine poder ver pontos característicos e famosos de Salvador? Agora pense também em todo marketing que um jogo baseado em um livro nesta cidade poderia trazer de benefícios culturais, turísticos entre outros?

    Um jogo vai além de apenas se sentar e terminar o quanto antes. Ele deve ser envolvente, com personagens e situações que façam o jogador não querer parar de jogar e saber cada vez mais a respeito dos acontecimentos. Se irritar nos quebra-cabeças, como acontece com o personagem, procurar por soluções em cada pedaço de papel, vasculhar lixos e por aí se segue.

    Por esse motivo, além de indicar Prisão de Sal para leitura, fica a dica para as empresas ficarem de olho no material nacional como esta obra de Arlindo Neto e Pietra Von Bretch.

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