O lobo frontal do cérebro é o principal responsável pela inteligência, por isso é necessário desenvolver essa região e colocar a inteligência como determinante para melhorar a saúde mental. Sobre esse tema eu escrevi um artigo divulgado no livro ‘A medicina como elo entre a ciência e a prática’, da editora Atena.
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A maior dificuldade no processo terapêutico é convencer o paciente sobre a existência do problema e mais ainda, despertar nele a vontade de resolver, pois muitas doenças, transtornos ou distúrbios em geral afetam a tomada de decisão, a coerência sobre o problema e a prevenção, que são comportamentos relacionados com a região da inteligência no cérebro, no lobo frontal.
Esta região é responsável pela inteligência matriz, tendo como funções, por exemplo, movimentos voluntários, produção de fala e linguagem, atenção e concentração, organização e planejamento, expressão de personalidade, entre outras funções.
Quando o paciente sofre de algum transtorno, como de personalidade, borderline, anti-social, narcisista ou obsessivo-compulsivo, o lobo frontal apresenta uma diminuição volumétrica ou funcional.
Nosso cérebro foi projetado para o futuro, por isso sempre pensamos antes no que vamos fazer. A tomada de decisões é um ato instantâneo e presente que depende das boas conexões do lobo frontal em conjunto com outras regiões do cérebro.
Entre os sintomas que os danos no lobo frontal podem incluir, estão: problemas com a fala ou linguagem, mau planejamento ou organização, persistência com um comportamento, dificuldades com funções de ordem superior, como raciocínio, resolução de problemas e julgamento.
Para desenvolver esse lado do cérebro, indico possíveis soluções, como o autorreconhecimento; ouvir mais e falar menos; nunca explodir antes de raciocinar, manipular os pensamentos, enfrentar o medo, mudar hábitos, ter contato com a natureza, interação humana, boa alimentação, praticar exercício físico, e dormir bem.
Se não consegue praticar os itens acima, se há dificuldades em se auto ajudar, então é necessário à ajuda de um profissional o quanto antes para que o problema seja solucionado de forma gradativa, sem o uso de medicamentos.
Artigo publicado: https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/63950
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
O Colunista do Observatório de Games também é PhD, neurocientista, mestre em psicanálise, biólogo, historiador e antropólogo, além de possuir outras formações. Além disso, é membro da Society for Neuroscience nos EUA e da Redilat, rede de cientistas latino-americanos, também é professor e cientista na Universidad Santander e Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International.