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Palestra da Campus Party alerta para os riscos do mau uso da internet

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Fabiano de Abreu
O colunista do Observatório de Games, Prof. Dr. Fabiano de Abreu, palestra durante a Campus Party de Brasília em 2022. (Imagem:Gabriel Maciel)
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A quarta edição da Campus Party Brasília aconteceu na última semana e entre os assuntos debatidos durante as palestras do Dr. Fabiano de Abreu Agrela estavam os riscos do mau uso da internet. De acordo com o professor, na palestra, que teve todas as cadeiras ocupadas, foi notório que mais da metade do público que assistia não era composto por jovens, mas sim por pais e professores preocupados.

“O mais gratificante foi ser abordado por jovens que gostariam de entender como funcionam as pesquisas científicas e onde publicar. Isso mostra a carência nacional de locais para publicação. Ofereci o suporte da minha equipe e meu periódico que é gratuito e logo que der início a revista científica Campus Party, muitos jovens poderão se tornar investigadores, pesquisadores e quem sabe formamos mais cientistas.”

Ainda segundo o neurocientista, na plateia também estava uma minoria de jovens preocupados com o próprio futuro e com as condições psicológicas.

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“Isso tem relação com o uso excessivo de redes sociais onde a região da prevenção e tomada de decisões no cérebro está afetada. O virtual, semântico ao irreal, é uma cultura de rede social formatada onde muitos desses jovens acreditam ter razão, não percebem a necessidade de ajuda e mudança de hábitos. O narcisismo, fora de homeostase, é um sintoma dos transtornos de personalidade dramática que já configura um problema, derivado desta cultura de uso excessivo de celular”, disse.

Fabiano afirmou que o grande problema também acontece pela falta de percepção dos jovens sobre a necessidade de ajuda ou na vontade de aprender sobre esses riscos.

“Existe uma dificuldade na vontade de aprender porque existe a região da tomada de decisões, que é mesma da prevenção e da lógica. Então, ela pode estar afetada. Também devemos levar em consideração que essa região ainda não está formada nos jovens, pois só termina de se formar dos 24 aos 30 anos e que está afetada por esse uso excessivo de redes sociais”, disse.

Entre o público presente, conforme Fabiano, estavam pais, professores, psicólogos, já que são os mais preocupados sobre a temática.

“Os jovens que estavam lá são todos acadêmicos e vieram falar comigo. Pediram dicas sobre a carreira de pesquisador e estavam preocupados consigo mesmo”, contou.

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