O ‘ASMR’, que em português significa ‘resposta sensorial autônoma do meridiano’, consiste em um método que utiliza estímulos nos órgãos sensoriais para trazer prazer e conforto. A prática se popularizou na internet como uma espécie de calmante temporário ou ainda, como uma solução para casos de insônia.
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Existem canais no Youtube com milhões de inscritos e ainda mais visualizações de pessoas que afirmam que o método é eficaz. Confira como exemplo o vídeo abaixo, com impressionantes 18 milhões de visualizações:
Funciona mesmo?
Não há comprovações científicas de que o método realmente funciona, mas podemos perceber que há alterações neuronais já que obriga o foco atencional. Pessoas com personalidades mais histéricas, que potencializam suas emoções, podem ter uma maior facilidade de alcançar o sono.
Já pessoas com traços obsessivos não têm a mesma facilidade e outras com misofonia podem se irritar com os sons produzidos. Geralmente pessoas com alta inteligência tendem a se irritar ao invés de sentir sono. Pessoas com alto QI têm dificuldade para se desligar das ações e conseguir alcançar o objetivo do ASMR.
Pessoas com dificuldades para controlar sua inteligência emocional são facilmente atraídas por sons, palavras e imagens que tragam algum tipo de relaxamento. Já que, considerando o lado emocional, pessoas que possuem sentidos aguçados, por muitas vezes, não deixam a inteligência emocional tomar controle do momento em si, dificultando o relaxamento, onde a racionalização é maior do que a emoção num algo que requer uma análise mais profunda.
Os estímulos enviados ao sistema nervoso central mexem com neurotransmissores como a noradrenalina, serotonina e a dopamina. Quando as vias sensoriais são estimuladas nós temos uma melhor memorização daquilo que enxergamos e ouvimos e isso pode ser codificado para o consciente ou para o inconsciente, dependendo da personalidade do sujeito.
O meu estudo concluiu que o ‘ASMR’ aguça os estímulos externos com ações que arremetem a ideia de relaxamento com sons leves, não repetitivos, palavras calmas e gestos lentos. Porém, existem indivíduos em que determinados sons não aguçam e nem hipostensizam suas vias sensoriais, mesmo com um melhor uso da inteligência emocional, por vezes as informações entram no sistema límbico criando um conflito com o córtex, liberando o instinto de sobrevivência.
Já pessoas com inteligência avançada têm sentidos mais aguçados, onde os estímulos externos são analisados e enviados para SNC, fazendo melhor uso da inteligência emocional, desacelerando o batimento cardíaco e as correntes elétricas cerebrais.
Link do estudo:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/24720/19729
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é colunista do Observatório de Games, PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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