Você já se perguntou se a inteligência é algo imutável ao longo da vida? Seria possível aumentar nossas habilidades intelectuais e alcançar um pensamento ainda mais brilhante? A resposta pode ser mais encorajadora do que você imagina.
Veja também:
Estudos recentes sugerem que a inteligência não é um fator estático, mas sim uma característica que pode se desenvolver e crescer ao longo dos anos. E uma das chaves para desbloquear esse potencial está no teste genético, que oferece insights valiosos sobre a relação entre o QI e a infância, bem como revela a incrível capacidade da mente de expandir seus horizontes na fase adulta.
De acordo com Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Pós-doutor e PhD em neurociências, membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel e Triple Nine Society e autor de mais de 50 estudos publicados sobre inteligência, a mente é como uma esponja sedenta por conhecimento, sempre ávida por aprender e crescer. “Assim como uma esponja absorve a água, a mente tem o poder de absorver novas informações, adquirir habilidades e aprimorar sua capacidade intelectual. Essa habilidade de expandir a inteligência ao longo do tempo é conhecida como plasticidade cognitiva”, afirma o especialista
Estudos têm demonstrado que, mesmo após a infância, o cérebro humano continua a se adaptar e a mudar. Novas conexões neurais podem ser formadas, fortalecendo as habilidades cognitivas existentes e até mesmo desenvolvendo novas áreas de conhecimento. Essa plasticidade cognitiva permite que a mente se torne cada vez mais eficiente em resolver problemas, aprender com experiências passadas e compreender ideias complexas.
Embora a genética desempenhe um papel importante na determinação do potencial intelectual, fatores ambientais, como estímulo cognitivo, educação e experiências de vida, também desempenham um papel significativo no desenvolvimento da inteligência. Estimular o cérebro por meio de desafios intelectuais, aprender novas habilidades e manter uma mente ativa são estratégias que podem impulsionar o crescimento da inteligência ao longo da vida.
“Então, se você se considerava preso a um nível fixo de inteligência, é hora de repensar isso. A mente humana é incrivelmente maleável e tem o potencial de superar barreiras intelectuais. Portanto, nunca subestime o poder da sua própria capacidade mental. Com o estímulo adequado e a busca contínua pelo conhecimento, você pode expandir sua inteligência e alcançar um pensamento ainda mais brilhante do que nunca imaginou ser possível”, explica o Doutor.
Estudos sugerem que o teste genético pode nos oferecer insights valiosos sobre a relação entre o QI e a infância, além de revelar como ele pode aumentar de forma notável durante a fase adulta. A pergunta que surge é: “Quão confiáveis são essas medidas de inteligência?”De acordo com Fabiano de Abreu, a estabilidade teste-reteste é surpreendentemente alta! “Imagine que as pontuações dos testes de inteligência permanecem consistentes ao longo dos anos. Desde a idade de 11 anos até os 80 anos, as habilidades intelectuais continuam a brilhar, demonstrando uma fidelidade extraordinária. Estudos comprovaram que a inteligência é mantida e que há poucas variações ao longo da vida caso não haja interferências como traumas e distúrbios. E esses são mais difíceis quanto maior for a inteligência”, finaliza.
Além disso, a inteligência, quando mensurada por meio de testes cognitivos, revela um fenótipo marcante, uma estabilidade notável ao longo do tempo e até mesmo uma capacidade de prever realizações futuras na educação, carreira e saúde. São como pistas preciosas que nos conduzem a uma compreensão mais ampla desse constructo tão fascinante.
Diversos estudos têm se dedicado a analisar as influências que afetam o desenvolvimento da inteligência ao longo da vida. De acordo com Fabiano, descobriu-se que fatores genéticos desempenham um papel significativo nesse processo, identificando genes relacionados ao potencial intelectual. Além disso, o tempo de amamentação e a qualidade da gestação podem ter impactos positivos no desenvolvimento cognitivo. No entanto, não podemos ignorar a importância do ambiente em que crescemos, incluindo a criação, os hábitos diários, a nutrição e o acesso a estímulos intelectuais. Essas influências tornam a análise da inteligência um desafio, com muitos genes identificados e variáveis a serem quantificadas.
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é colunista do Observatório de Games, PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises.
