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Entrevista

Entrevistamos o Guifox, um dos destaques nacionais do Free Fire

Atleta falou sobre inspirações, dificuldades e alguns dos desafios da rotina a frente da paiN
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GUIFOX
Guifox. (Imagem: Reprodução)
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Nesta semana, o Observatório de Games conversou com Luiz Guilherme Morais da Silva (18), mais conhecido como Guifox, um dos nomes que mais tem se destacado dentro do game Free Fire. Confira abaixo os principais trechos da entrevista com o atleta paulista, que já passou por times como NOE, K9, KOF e paiN:

OG: Quando você começou no Free Fire?

Então tropa, eu tinha um amigo que jogava comigo um monte de jogos, aí nisso ele descobriu o Free Fire lá no começo quando não tinha nada. Então ele me chamou pra jogar um dia um “novo jogo” e foi assim que comecei a jogar.

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OG: Sua família sempre te apoiou? Fala um pouco mais da sua vida dentro de casa, as dificuldades enfrentadas e seus sonhos para seus familiares mais próximos.

Se eu falar que sempre apoiou, vou estar mentindo [risos]. No início não apoiaram muito, pois eu ainda estava na escola e eles queriam que eu focasse 100% nos estudos, mas aí eu fiquei viciado em Free Fire e era o dia todo jogando por diversão.

Até que começou a entrar uns famosos e eu vi que aquilo dava dinheiro, aí eu realmente olhei com outros olhos para o “joguinho”. No começo foi muito difícil, porque jogava em um lgk10 travando mais que tudo [risos], e eu tinha que jogar de frente para um ventilador, mas como meu ventilador tinha pé quebrado eu tinha q encostar ele na parede e entre minha cama e jogar deitado, todo desconfortável.

Além disso, minha cama, que já era velha, tinha quebrado por conta de cupins, me levando a jogar no chão. Mesmo assim, comecei a focar novamente no competitivo e passei a ganhar uns dinheiro em campeonato, aí consegui vender meu celular, juntar mais um pouco e pegar um aparelho melhor pra focar ainda mais.

OG: Através do Free Fire, o quanto você está conseguindo mudar a vida da sua família?

Graças a Deus consigo comprar minhas coisas já, meus celulares e sempre ajudo em casa, primeira coisa quando recebo já é mandar uma parte pra minha mãe [risos. Quem me conhece das antigas sabe que tudo que faço é por ela e que, mesmo antes, quando eu ganhava 500$ no mês e olhe lá, sempre dava uma parte pra ela pra ir no mercado ou pagar as contas de casa.

OG: Como foram suas experiências nas edições anteriores da LBFF?

Pra quem não sabe, eu só não joguei o 2⁰ split da série B, de resto joguei todos. Passei por muita dificuldade no 1⁰ split, pois meu time sofreu uma mudança do nada, e a maioria dos jogadores (titulares) não conseguiu jogar direito por causa de erro de conta e outros coisas, aí infelizmente fomos rebaixados.

Mas por outro lado, recebemos a proposta da sintonia, eu e uns amigos que considero como irmãos, aí jogamos o split todo da série B de casa mesmo. Aí, do nada entraram em assunto de gh e essas parada, eu e os meninos ficamos muito animados e querendo ir logo pra gh, mas a gente tinha que passar pra final pra isso acontecer.

Mas graças a Deus passamos e fomos todos para a gh, mas a gente não tinha salário nem nada [risos] a gente estava indo por paixão mesmo. Deu muito B.O na hora de ver as passagens e só iria o time titular porque não tinha muito dinheiro e os outros eram de fora de são Paulo, e ia sair caro pra eles virem, e a org não tinha esse dinheiro.

Mas graças a Deus deu tudo certo e fomos todos para a gh, nisso, um dos players foi de ônibus e passou 3 dias viajando porque não tinha como ir de avião por conta do preço, aí eu e os meninos ficamos jogando 4v4 apostado para juntar dinheiro e conseguir pagar a passagem dele de volta de avião e conseguimos por ele.

OG: Como surgiu o convite para jogar na paiN Gaming?

O atual time da paiN Gaming. (Imagem: Divulgação)

Então, pra quem não sabe, sou grudado com o marreta e amo ele, aí a gente é praticamente irmão, deixamos de jogar várias coisas e de ir pra vários times para continuar jogando junto. Nisso, ele recebeu a proposta da Pain, mas falou que não iria sem mim, aí ele encheu o saco do coach (metal) pra me testar e tudo mais… aí o metal me chamou no Instagram depois do marreta encher o saco dele, e eu fui fazer o teste, onde me destaquei entre os outros rush que estavam no teste e passei, e agora tô aqui na paiN.

OG: O que te motiva a não desistir?

Com certeza minha mãe, porque deixei de fazer várias coisas pra focar nesse jogo e vou mostrar que isso tem futuro, e sempre dar meu melhor no jogo pra min mesmo e pra minha mãe.

Quem foi sua maior inspiração dentro do game?

Bom, nunca tive uma inspiração. No começo, quem me motivou a cada vez mais a jogar foram meus amigos (irmãos) que sempre me elogiaram jogando, falando que eu tinha futuro e tudo mais. E depois que conheci alguns jogadores pessoalmente e convivi com eles, deu mais vontade ainda de continuar, porque é uma energia surreal que é passada, ainda mais de pessoas que você ama.

OG: Você sempre foi capitão?

Eu praticamente já joguei de tudo no jogo [risos]. Já fui suporte, capitão, rush e até granadeiro, mas já estava para fazer uns 2 anos que eu não era de fato capitão, mas sempre tive uma noção de jogo boa e sempre ajudava o marreta, que era capitão da minha antiga org, a passar a call.

Mas pra ser bem sincero, não gostava muito de passar a call, mas como fui pra 1⁰ rush eu que tinha que puxar os mulekes no rush ou em alguma rotação rápido pra trocar com algum time, aí já fui me adaptando um pouco nessa função de puxar o time ou animar quando tiver troca.

Aí nosso time nesse split estava razoável, mas podia melhorar (isso antes de comecar a LBFF) aí testamos de tudo, tentamos trazer outro capitão e nada de dar certo, aí o coach decidiu me testar como capitão porque eu sempre puxava a call e a responsa principalmente final de partida onde o time ficava um pouco perdido.

Nisso, entrei como capitão e começamos a dar vários booyah com bastante kill e assim fui me acostumando, aí no dia da LBFF, do nada ele chega e fala “passa a call aí ” [risos]. Eu fiquei meio que com receio, mas aí passei a call e deu tudo certo, aí agora estamos aí cada vez melhorando pra dar o melhor pra vocês.

Estar a frente de um time como a paiN é uma grande responsabilidade, como você cuida do seu psicológico em dias importantes?

Nos primeiros campeonatos eu sentia muita pressão quando eu ia jogar, mas agora já me acostumei, pois já presenciei tudo e jogo muito solto, tanto classificatória tanto final. Jogo como se fosse um Camp qualquer, mas dando a vida como sempre e sempre evito brigas, desavenças, ou assuntos pessoais e sempre deixo de lado pra focar 100% no jogo e não ficar pensando em algo durante ou antes do jogo aí jogo Levin, sem nada na mente e solto como sempre com o psicológico suave de lindo

OG: Mande um recado para a galera que te acompanha e se inspira em você

Pode confiar em mim e no meu time, confio de mais neles e pode ter certeza que sempre vamos dar nosso melhor pra vocês, batemos vários recordes da LBFF mas isso não é nada o foco é o acesso pra série A nessa final, então só bora e #gopaiN

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