Nesta semana, a Rede Gerando Falcões lançou o game Missão Favela X, iniciando sua atuação no Metaverso e sendo a primeira Organização Não Governamental (ONG) a trabalhar nesse novo ambiente virtual com impacto social.
Veja também:
O projeto foi realizado pela Accenture e está disponível em uma plataforma de jogos sociais no Metaverso. Além de trazer os gamers para a missão social de combater a pobreza, o jogo quer atrair grandes marcas como parceiras.
O jogo foi lançado simultaneamente em várias cidades do país. Em Curitiba (PR), o Instituto Incanto foi a organização representante. A ação com as crianças aconteceu no Centro Cultural, que fica localizado no bairro Santa Quitéria, na capital paranaense.
“Foi uma experiência muito enriquecedora para nossas crianças, pois além de colocar em prática a questão tecnológica, que é algo do interesse de todos, também trouxe uma visão ampla da realidade deles dentro da favela e quais mudanças podem ser feitas para melhorar essas condições”, explica a gestora do Incanto, Rosemeri da Silva.
Patrocinado por marcas como Havaianas, Nestlé e 99, o evento de lançamento aconteceu na Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, município na Grande São Paulo, onde crianças e jovens jogaram e testaram o game no local.
O objetivo do game é educar as crianças e os jovens sobre os desafios fundamentais para a erradicação da pobreza (infraestrutura, saneamento básico, educação, cultura e tecnologia), conscientizar a geração futura e arrecadar fundos para acelerar a transformação das favelas.
Para a Rede Gerando Falcões, a inovação social e tecnologia de ponta são os elementos centrais para transformar o futuro das favelas. E nesse contexto entra o Metaverso como impacto social. “O game Favela X será utilizado com viés social. Muitas pessoas conhecem a favela apenas pela janela do carro, e agora jogadores de todas as classes e regiões vão enfrentar, pela tela do computador ou do celular, transtornos que pessoas vulneráveis encaram em suas realidades cotidianas”, salienta Edu Lyra, CEO e fundador da Rede Gerando Falcões.
Para Edu Lyra, essa é uma oportunidade de transformar a vida e o futuro de diversas pessoas. “São quase 14 mil favelas no Brasil, e esta é a grande chance que temos de fazer algo que pode mudar o futuro de seus moradores, sobretudo o futuro das crianças e dos jovens”.
A ação faz parte da missão Favela X, uma campanha institucional para a captação de doadores recorrentes, que visa arrecadar recursos financeiros para levar tecnologia de ponta e inovação do mundo para a favela e transformar a pobreza das favelas em peça de museu antes de Marte ser colonizado, por meio de iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida dos moradores das favelas através de inovação social.
“Hoje é um dia histórico, não só para a Rede Gerando Falcões, mas para aqueles que acreditam que o Brasil pode ser um país bem melhor. Hoje é o primeiro passo para uma grande jornada, de levar a favela para aquilo que também é o mundo virtual, para aquilo que é o futuro.
O Metaverso é uma das tendências que mais vão mudar o mundo, mais do que a nossa vida já mudou. Estar nesse mundo virtual traz muitas oportunidades”, afirma Leonardo Framil, presidente da Accenture na América Latina.
Eco Moliterno, Chief Creative Officer da Accenture Song Brasil complementa. “Hoje é o dia em que nosso sonho virtual se torna realidade. Esse projeto começou há muito tempo, com a intenção de trazer inovação para a favela.
As favelas são as grandes startups criativas do Brasil. Lugar onde é o berço das criatividades brasileiras. O Edu já foi da favela para o mundo, agora é a hora de levarmos o mundo para a favela. Estamos construindo pontes, conectando pessoas por meio desse novo espaço”.
A Rede Gerando Falcões é um ecossistema de desenvolvimento social que atua em rede para acelerar o impacto de longo prazo nas favelas de todo país. Por meio de iniciativas transformadoras, a GF entrega serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania, e executa projetos para transformação sistêmica das favelas.
Confira a live do evento
Sobre o Instituto Incanto
Desde 2017, o Instituto Incanto impactou a vida de mais de 510 crianças e adolescentes, em vulnerabilidade social, por meio da arte e da cultura com ferramentas de humanização e desenvolvimento, com aulas de dança, teatro, música, circo, artes visuais, cultura e tecnologia. Antes, em 2008, o Instituto já nascia por meio do Grupo de Dança Senses, do qual a fundadora do Incanto, Camila Casagrande, era coreógrafa. Muitos dos alunos deste grupo se tornaram multiplicadores e hoje são voluntários do Instituto. Com a participação dos voluntários, o Instituto Incanto gerencia voluntários professores para executarem as aulas regulares no Centro Cultural e também em outras organizações e associações parceiras em Curitiba e Região Metropolitana. Além disso, o Instituto possui diversos projetos que estão em vias de captação de recursos pela Lei Rouanet e necessita permanentemente de doações. Informações, acesse www.institutoincanto.org.br.