Pessoas que jogam videogame podem aumentar sua inteligência em até 2,5 pontos, conseguindo melhores resultados em percentil de QI. Inteligência está relacionada com o raciocínio lógico, memória de trabalho, memória de longo prazo, tomada de decisão, atenção visual, coordenação visuomotora, habilidade espacial, velocidade de raciocínio, entre outros.
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Os jogos estão associados com o aumento dessas capacidades que estão relacionadas com a região do córtex pré-frontal no lobo frontal e no trajeto frontoparietal e parieto-occipital no cérebro.
De modo específico, é o córtex orbitofrontal que responde pela faculdade de planejamento, metas e objetivos, e, pensamento lógico. O córtex pre-frontal dorsolateral é ativado em situações que dependem de foco atencional e a memória de trabalho.
O hipocampo é relacionado com o surgimento de novas memórias, a memória de longo prazo com a região do neocórtex, membrana de fina espessura, com 19 bilhões de neurônios em mulheres e 23 bilhões em homens, que envolve a parte externa do cérebro.
A amígdala está relacionada com as memórias duradouras, pois apresenta associação com as emoções, consolidando-as. A tomada de decisão referente a emoções, interagindo com a amígdala e sistema límbico no geral, é o córtex pré-frontal ventromedial. O córtex cingulado anterior exerce influência na memória espacial e memória de contexto, como o medo.
Com estímulo recorrente, regiões do cérebro desenvolvem densidade, ocasionando aumento da massa cinzenta. Em alguns casos, como exposição excessiva e prolongada ao video-game, foi observado atrofia em algumas áreas como no córtex pré-frontal, atenção e córtex visual, responsável por captar estímulos visuais.
Outro problema associado é o vício em jogar, deixando de desenvolver outras atividades. O vício tem relação com a liberação de dopamina, sintetizada em sua maior parte na área tegmental ventral, sendo levada a outras regiões pelo sistema mesolímbico. A dopamina é chamada de neurotransmissor da recompensa, liberada já na expectativa, associado a outros neurotransmissores como endorfina, serotonina e oxitocina, respondem pela felicidade e bem-estar, que em certas configurações se transforma em vício.
No distúrbio de jogos, que está relacionado ao vício, foram encontrados alterações neurais semelhantes as observadas em outros distúrbios de dependência. A mudança está relacionada ao sistema de recompensa descrita acima. Os padrões de jogadores com dependência são diferentes dos profissionais e experientes com menores volumes da substância cinzenta, giro cingulado esquerdo e no tálamo.
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Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é colunista do Observatório de Games e Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.
Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558
Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664
Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852