O Tiktok anunciou que nas próximas semanas irá limitar o uso do aplicativo por menores de 18 anos para 60 minutos, para alguns uma medida ineficaz, para outros, um importante avanço.
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De acordo com o comunicado oficial do anúncio, foram consultados especialistas do laboratório Digital Wellness do Hospital Infantil de Boston e pesquisa acadêmicas recentes para basear a decisão e definir o que seria o tempo ideal de uso do aplicativo para adolescentes.
É fato que as redes sociais, em especial as que se baseiam em vídeos curtos, estimulam a ansiedade nos jovens, além de prejudicar o desenvolvimento cognitivo de crianças, por esse lado, a limitação é um pequeno degrau percorrido para amenizar esses impactos.
No entanto, a idade é autodeclaratória e o sistema pode ser facilmente burlado, mas uma nova funcionalidade, a exibição de um painel que conta as horas diárias gastas no aplicativo pode ajudar na regulação, pois muitas vezes o usuário tem a percepção de tempo alterada e não consegue identificar quando passa do limite.
Redes sociais devem ser usadas como ferramenta de entretenimento com moderação até mesmo por adultos, mas ações como essa podem ser propositalmente limitadas ou ineficazes pois conflitam diretamente com os lucros das plataformas que crescem conforme os usuários gastam mais tempo nelas.
Por isso, confiar em ferramentas de regulação do tempo gasto fornecidas pelas próprias redes não é a solução, no fim, é o autocontrole de cada um que conta mais nesse processo, quanto às crianças e adolescentes, esse tipo de educação digital deve ser fornecido pelos pais.
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é colunista do Observatório de Games, PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises.
