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7 vezes em que os games “caíram” na tentação

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Nier
Imagem: Ilustrativa
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“Sexo. Vende.” É uma das frases publicitárias mais comuns que você verá por todos os lados e, embora o ditado possa ser melhor expresso como “apelo sexual vende“, é verdade que a pele exposta, fantasias e outras coisas frontais muitas vezes se entrelaçam com quase todos os produtos que uma empresa quer vender a você.

Desde dizer a um consumidor que um parceiro em potencial o achará mais atraente se ele tiver aquele carrão, fará com que você se sinta confiante consigo mesmo, pois o sexo é uma ferramenta de marketing e, é lógico, anda de mãos dadas com os games desde que foram concebidos.

Não é segredo algum que muitas empresas apelam para vender seus jogos, mas também existem enredos em que o contexto da história é sobre sexo. Só que a indústria de jogos acaba ficando muito gananciosa trazendo narrativas sem sentido achando que o consumidor irá se contentar apenas com mini saias ou tórax avantajados.

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O design de arte é informado pelas fantasias da base de fãs, as campanhas de marketing tiram dinheiro das carteiras abarrotadas e todo tipo de genitália é desproporcional, a fim de chamar a atenção da multidão que passa.

Só que muitos jogadores, assim como a imprensa especializada, não cai nesta. Portanto, confira abaixo 7 vezes em que os jogos “caíram” na tentação e causaram surpresa ou repulsa nos gamers. E não esqueça de colocar sua lista abaixo!

7. Desenvolvedores que se revelam…

Quando você é considerado o diretor de um jogo, o que você diz é o que será aceito. E, como resultado, isso significa que em todo o setor, os diretores, roteiristas ou mesmo aqueles que têm o ouvido do editor de som são capazes de promover suas fantasias mais malucas.

Um bom exemplo é do jogo jogo Nier. Seu criador, Yoko Taro, queria ver algum conteúdo obsceno, porque ele incentivou ativamente os fãs que estavam fazendo obras de arte sexual de 2B de Nier: Automata a colocar tudo em um arquivo zip e enviar para ele, para que pudesse compartilhar! Maluco total!

6. Edição de colecionador (?)

Muitos jogos para chamar – e vender mais -, acabam criando anúncios onde, se você fizer a compra antecipada do game, irá ganhar algo, como um DLC, trilha sonora e também as famosas “edições de colecionadores”. Para alguns, é uma campanha publicitária bem pensada e detalhada, que incentiva os possíveis jogadores a adquirem o jogo, pois traz vários benefícios.

Mas alguns marketeiros parecem ter algum tipo de problema, principalmente como o pessoal da Team Ninja! Isto aconteceu quando a empresa promoveu Dead Or Alive Xtreme 3. A essa altura, a franquia Dead or Alive já estava em um ponto de paródia, inclinando-se mais para bustos do que bolas de praia.

No entanto, a fim de obter o verdadeiro fator “como somos os caras”, eles resolveram dar aos jogadores uma Calcinha, para quem comprasse a edição especial de Gal Gun! Sério, ainda mais porque o game é destinado para um público que está na faixa dos seus 16 anos.

5. Trailer de The Hitman

Embora esse trailer não seja o único a usar conotações sexuais em propaganda ou marketing para vender seus jogos, talvez se destaque como um dos momentos mais sem sentido da franquia. Querendo provar que Hitman Absolution seria um jogo revitalizado, em 2012 a Square Enix soltou um trailer completo de CG para capturar a atenção do mundo. E sim, ela conseguiu, mas por razões erradas.

A ideia de mostrar o Agente 47 ferido e mais humano, é até interessante e válido, principalmente para trazer mais empatia pelo personagem. Mas, o que foi aquilo que a Square apresentou? Por que freiras tão sexy? Logicamente que isso só serviu de nada para o game, pois ficou claro que o estúdio vendia apenas o apelo e uma fantasia sexual.

O pior de tudo, para aqueles que compraram esperando Freiras Guerreiras Ninjas? Elas se resumiam apenas a uma única missão onde nem ao menos é explicado porque usam aquelas roupas, que claramente só atrapalha na luta. Este é mais um dos casos clássicos de guerreiros do universo de RPG onde os personagens masculinos são cheios de parafernalhas e as femininas usam apenas decotes. Pelo menos Goden Axe era mais justo com seus personagens.

4. E o Prêmio para o vice é…

Roupas íntimas! Isto mesmo. Que tal participar de um torneio onde o segundo lugar irá ganhar as tão difíceis de se conseguir roupas de baixo? Isto aconteceu em uma competição japonesa de World of Tanks, onde por algum motivo inexplicado, foi distribuída calcinhas… USADAS para os vice-campeões! Não é só dar a roupa, tem que ser usada, ou semi nova?

Mas vale destacar que não eram nenhuma calcinha velha e fedida. Nada disso! Eram as calcinhas da pornstar japonesa Mana Sakura. Além disso, ela autografou e depois presenteou os ‘sortudos’ vice-campeões. Depois disso tudo, é de se perguntar se a indústria em geral dos games continua vivendo em filmes da década de 1980/90, onde o sonho de todo nerd era fazer um plano infalível para conseguir a calcinha da babá.

3. Encontros sexuais

Ao longo dos anos, inúmeros jogos tentaram adicionar um pouco de tempero em seus roteiros, elevando a classificação etária com conteúdo mais adulto, como se ser adulto se relacionasse apenas a sexo. Dentro de suas histórias, existem várias das fantasias mais “profundas” que alguns jogos podem trazer, como momentos em que o jogador consegue encenar um destas dentro do game, como o do Mod Hot Coffee de GTA San Andreas.

Mas não vamos criticar tudo e a todos. Se está dentro da narrativa e sendo realizado de maneira correta, esses momentos podem ser alguns dos mais emocionalmente gratificantes nos jogos. Um bom exemplo é de Mass Effect! De forma brilhante, o roteiro faz com que você realmente cuide da forma que irá escolher o seu companheiro, além do encontro sexual que é um ponto culminante de apoio dentro da história, que possui lógica e apelo emotivo.

Infelizmente, jogos como A Ride To Hell Retribution, se preocupa mais com suas cenas de sexo totalmente com roupas, executadas de maneira repugnante, onde o game oferece sexo como recompensa por ajudar mulheres em apuros! Exatamente, pois é assim que acontece no mundo real quando alguém é atacado e você a ajuda. A pessoa prontamente depois de quase ser assassinada, faz sexo com você.

Só que vamos ter o foco em jogos que pensam! Como o final de Far Cry 3, sem dar spoilers, onde o conteúdo é diretamente voltado a mostrar a profundidade das relações. Ou até mesmo em The Witcher, que pode ter algumas cenas meio estranhas (sexo em cima do cavalo), mas estão – novamente -, dentro do roteiro e não são o motivo para se fazer determinada aventura. Assim como acontece em God of War, que dar aquela parada é apenas uma opção engraçada e não o objetivo do fantasma de Esparta.

2. Sexo e violência

Ao que parece, certos produtores criam jogos apenas para promover suas fantasias, independentemente da forma que assumam. Mas e quando a gratificação sexual se torna intrinsecamente ligada ao jogo? É um fato cada vez mais detalhado em artigos de sites especializados da indústria de games e saúde mental, que afirmam que os videogames têm um efeito de influência sobre o público e, embora seja um argumento difícil de analisar, alguns desenvolvedores estão explorando esse relacionamento por meio de seus títulos.

Um bom (péssimo) exemplo, é No More Heroes. Em análise bem superficial e para qualquer um que não preste atenção direito, ele parece ser mais um jogo barulhento, impetuoso e excessivamente agressivo, mostrando um perdedor apaixonado por animes subindo ao topo dos melhores assassinos do mundo, em busca da glória e honra. Exceto que não é a glória ou a honra que Travis está atrás. Ele só quer se tornar o rei dos assassinos, porque então poderá fará sexo com Sylvia.

Uau! Novamente o estereótipo que todo nerd só pensa em sexo e se torna praticamente um escravo sexual. Piorando ainda mais, onde para se conseguir este objetivo, deve-se matar qualquer um! Caso faça isso da maneira mais violenta, melhor. Em No More Heroes, o final do game já é apresentado e o jogador tem consciência do que está fazendo.

Este game poderia ter saído do clichê e fazer com que o jogador pudesse pensar no que fazer, ao dar opções de que “isso não é certo, não é isto o que eu faria” e assim por diante. Infelizmente, as lutas contra os chefes são apenas liberação sexual, principalmente ao afirmar que a verdadeira gratificação humana está em ser violento, pois isto te levará a luxúria.

1. Agressão sexual

Diga em voz alta esta frase. Ela é pesada e infelizmente a indústria de jogos parece gostar dela. Pode parecer que agressão sexual é igual a estupro. Mas não. Ela envole camadas psicológicas que muitas vezes são tão traumáticas, que se tornam irreversíveis. E grande parte dos jogos possui esta agressão dentro de sua história, que muitas vezes alguns jogadores não percebem, até ser tarde demais ou conhecer quem sofreu com este grave problema social.

Mesmo na recente obra-prima de Red Dead Redemption 2, Arthur Morgan pode se deparar com um estranho no barranco que passa a deixar o protagonista inconsciente e seguir seu caminho. A cena é interpretada com valor de choque e humor sombrio, com Arthur acordando e gemendo “oh sir” antes que o jogador o controle, e é estranho ver um ato tão horrível usado tão insensivelmente.

Em Tomb Raider 2013, tivemos um exemplo de desenvolvedor usando uma escolha incrivelmente ruim de palavras para descrever uma situação desagradável. Como sabemos bem, Lara Croft provou em inúmeras aventuras que ela é perfeitamente capaz de superar qualquer situação sozinha, mas na reinicialização da franquia, o produtor executivo dos jogos, Ron Rosenerg, comentou: “Lara é presa pelos catadores da ilha. Eles tentam estuprá-la, ela literalmente se transforma em um animal encurralado” ao descrever uma cena no jogo.

Esse momento parecia transformar uma das mulheres mais duronas do universo dos jogos em uma vítima em potencial e provocou uma enorme indignação na comunidade. Assim como uma cena em Hotline Miami 2, na qual o jogador participa ativamente de um cenário de estupro. Vale a pena notar que, antes que algo aconteça, um diretor grita “corta”, revelando que é uma simulação, mas ainda assim, este jogo estava disposto a mostrar a agressão sexual como forma de chocar o jogador.

Infelizmente nos dois casos, não serviu para nada, pois foi apenas uma palavra e um contexto jogado ao vento, que se tornaram inexistentes e que poderiam ter sido muito bem trabalhados!

Então, por que isso? Bem, porque momentos como esse carregam algo que desenvolvedores e editores desejam: notoriedade. Se estão falando sobre o seu jogo, bem ou mau, as vendas aumentam à medida em que as pessoas ficam mais convencidas a ver do que se trata, e, portanto, mostrar o quanto cair na tentação do sexo, é mais uma ferramenta poderosa e às vezes irresponsável da indústria de jogos.

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