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Nintendo afirma: Animal Crossing não é para fins políticos

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Animal Crossing Biden Harris
Imagem: Biden Harris
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Este foi um ano importante na política dos EUA, com uma eleição acirrada entre os candidatos e a maior participação na história de sua população. Foram usados todos os meios de comunicação para chegar até seus eleitores, com personalidades utilizando suas redes sociais e inclusive os jogos.

Among Us e Animal Crossing são dois jogos dos mais populares da atualidade que chamaram a atenção neste quesito. Com lives na Twitch ou criando casas, os títulos tornaram-se “armas” para fazer com que o eleitor ficasse sabendo de propostas ou apenas de seus gostos pessoais.

Política, marketing… te pago 2.500 para cuidar da minha ilha

A política se tornou tão envolvida nos jogos, que a Nintendo divulgou um comunicado pedindo às empresas que não usem a paisagem paradisíaca de Animal Crossing como palco político. Alguns grandes nomes entraram no jogo e começaram a visitar as ilhas dos jogadores, como Elijah Wood, Brie Larson, Maisie Williams e o rapper / cantor T-Pain até escreveu uma música sobre Tom Nook.

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Com o aumento da popularidade graças ao interesse das celebridades no jogo e à possibilidade de visitar as ilhas de outros jogadores, algumas empresas foram rápidas em capitalizar sobre essa mecânica, criando ilhas que mostram suas marcas e, com sorte, atraem os jogadores visitantes a comprar deles. Algumas empresas chegaram a contratar jogadores para criar e administrar uma ilha de marca, e estão dispostas a pagar 2.500 dólares por mês para a manutenção de sua ilha.

Nintendo dá o recado!

Devido a tantas empresas e organizações que usam Animal Crossing: New Horizons em seu benefício, a Nintendo estabeleceu algumas regras que determinam que tipo de conteúdo esses grupos podem realmente usar no jogo onde ela solicita que as pessoas não compartilhem informações falsas e não usem o título como uma plataforma de marketing que irá direcionar os usuários para atividades ou campanhas fora do mundo de Animal Crossing.

Além disso, a Nintendo proibiu qualquer pessoa de obter benefícios financeiros com o jogo ou de criar conteúdo que pudesse ser considerado vulgar, discriminatório ou ofensivo. Mas agora existe um ponto que pede aos usuários que não tragam política para a Ilha. Qualquer empresa que não siga essas diretrizes pode estar sujeita à proibição de uso comercial futuro.

Essas diretrizes se referem apenas a empresas e àqueles que representam organizações, de modo que os jogadores ainda são livres para promover suas agendas a título pessoal. O site Kotaku comentou que um pedido para excluir a política do jogo é ingênuo, já “que quase tudo é político” e a Nintendo não tem como fazer cumprir suas regras.

Os jogadores foram livres para visitar uma ilha inteiramente dedicada ao presidente Biden, que encorajou os jovens a votarem na eleição deste ano, e Alexandria Ocasio-Cortez tem visitado as ilhas dos jogadores aleatórios para deixar uma mensagem gentil em seus quadros de avisos, o que por si só é uma declaração política de uma congressista dos EUA.

A verdade é que não há como escapar da política, especialmente quando estranhos compartilham opiniões uns com os outros online. A jogabilidade de Animal Crossing: New Horizons é cheia de política, pois promove uma sociedade capitalista onde é preciso hipotecar um lugar para morar e construí-lo do zero usando seus próprios recursos ou fazendo um empréstimo.

Os políticos e as empresas certamente encontrarão uma maneira de contornar as novas regras da Nintendo, já que o simulador de vida é perfeito para levar ideias às pessoas durante os regulamentos do COVID-19 sobre interação social limitada.

Fonte: IGN/Kotaku/Screen Rant

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