A estrela do Homem-Aranha, Kirsten Dunst, refletiu sobre as experiências desconfortáveis de seu tempo no set. Agora, mais de duas décadas depois das filmagens, a atriz está abordando essas questões. Dunst, conhecida por seu papel como Mary Jane Watson na trilogia do Homem-Aranha de Sam Raimi (2002-2007), falou sobre suas experiências no set e se aprofundou em questões mais amplas predominantes naquele período.
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Dunst também compartilhou insights sobre sua jornada profissional, incluindo os desafios enfrentados, especialmente pelas mulheres no setor. Ao conversar com a Marie Claire sobre seu tempo filmando os primeiros filmes do Homem-Aranha, ela revelou desconforto por ser rotulada de “girly-girl” (mocinha, menininha, pessoa que se veste de modo mais delicado, também é um estilo de vida), lembrando casos em que ela foi chamada assim pelo walkie-talkie.
“Era uma piada, mas no Homem-Aranha, às vezes eles me chamavam de ‘girly-girl’ no walkie-talkie. ‘Precisamos de uma mocinha'” – ela imita o tom – “mas eu nunca disse nada,” Dunst contou, reconhecendo sua falta de autoestima, especialmente antes da ascensão do movimento MeToo. “Você não disse nada”, ela comentou, sentindo-se minimizada. “Você acabou de pegar.”
Recusando-se a capitalizar seu papel na popular franquia Homem-Aranha, Dunst pretendia se estabelecer como uma estrela de cinema independente, o que impactou temporariamente sua carreira. Ela enfatizou a escolha de papéis que ressoassem com ela, em vez de buscar o sucesso de bilheteria. Refletindo sobre a dinâmica de gênero da indústria, ela prefere trabalhar com diretoras, citando experiências com Sofia Coppola, Bachelorette de Lesley Headland e The Power of the Dog de Jane Campion.
“Eu vi o poder nas mulheres muito jovens”, lembrou Dunst, “acho que isso ajudou… a não precisar da atenção masculina em minha carreira”. Agora estabelecida em Hollywood, ela enfrenta um problema diferente: o envelhecimento. Ao mencionar, brincando, que “ninguém se importa” com sua aparência aos 40 anos, ela admitiu preocupação por receber mais papéis de ‘mãe triste’ à medida que envelhece.
Atualmente trabalhando em seu próximo filme, Guerra Civil, seu primeiro papel no cinema em mais de dois anos, Dunst expressou seu entusiasmo em assumir o papel depois de receber vários papéis de ‘mãe triste’, em busca de algo novo. Esta decisão reflete a sua resiliência e adaptabilidade, marcando o início de um novo capítulo na sua carreira.
Guerra Civil, escrito e dirigido por Alex Garland (conhecido por Ex Machina), é o próximo filme de ação distópico que se passa em um futuro próximo. Segue uma equipe de jornalistas viajando pelos Estados Unidos durante a rápida escalada da Segunda Guerra Civil Americana. Dunst interpreta Lee Smith, uma corajosa fotojornalista que constantemente arrisca a vida cobrindo a zona de guerra americana.