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Entenda

Streamer consegue jogar Dark Souls 3 em código Morse usando apenas um botão

“Você faz isso sem pensar. É apenas um meio diferente, eu acho”
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Streamer Rudeism
Streamer Rudeism (Foto: Reprodução)
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Quem joga sabe que a franquia Dark Souls tem um certo nível de dificuldade, até para os veteranos. Porém, o streamer Rudeism resolveu jogar Dark Souls 3 inteiro em código Morse, usando somente um botão. Ele fez isso não só para provar que é possível de ser feito, mas também para provar que todos podem jogar de forma diferente.

“Não é apenas uma questão de ficar bom, é que não importa o quão bom [alguns jogadores] se tornem, eles simplesmente não conseguem reagir rápido o suficiente a este jogo que é muito rápido e muito baseado no tempo de reação, e é projetado para um controle padrão. E com base no pressuposto de que você é um ser humano plenamente capaz”, diz Rudeism.

Segundo o streamer, a dificuldade é um subconjunto das opções de acessibilidade e deve ser incluída para abrir os games a um público mais amplo, afinal, a dificuldade é subjetiva. “Dark Souls é fácil para algumas pessoas, é difícil para outras, é impossível para outras. O que é objetivo são os obstáculos que se colocam à sua frente… o problema então passa a ser a capacidade dos jogadores de cruzar esses obstáculos. E se eles têm alguma forma de deficiência que torna naturalmente mais difícil para eles cruzar esses obstáculos”, diz ele.

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“É por isso que as opções de dificuldade são necessárias e tornam os jogos mais acessíveis, porque podem reduzir esses obstáculos para que as pessoas possam passar por eles, não necessariamente para facilitar apenas, mas para que as pessoas possam ter um desafio dimensionado para eles”, completa. Vale ressaltar que o streamer já tinha jogado Super Mario 64 com um esquema de controle semelhante, tendo a ideia de jogar com um botão apenas. “Eu projetei o controlador, que para ser justo não é a coisa mais complexa do mundo. É apenas um botão em uma caixa”, brinca.

Para jogar Dark Souls 3, Rudeism precisou decidir quais movimentos corresponderiam a quais entradas no botão único, sejam eles pressionamentos curtos, longos ou sequências completas. “A forma como eu expus foi garantir que as entradas que uso com mais frequência sejam atribuídas às sequências mais curtas, portanto, atacar e rolar são as duas coisas mais importantes que você provavelmente faz em uma luta. Então, essas são sequências de um único botão”, explicou.

Há também o movimento do personagem, o bloqueio da câmera, o uso de itens e a troca de armas, com ações complexas mas pouco usadas, definidas para um máximo de quatro sequências de entrada. Ele diz que aprender as sequências foi complicado também, mas após jogar 60 horas, os controles pareciam naturais. “Estamos tão acostumados com nossos controladores padrão agora que não precisamos pensar sobre onde está B ou A, basta fazê-lo. E meio que acaba sendo o mesmo com uma coisa estranha como o código Morse controlador também. Você faz isso sem pensar. É apenas um meio diferente, eu acho”, disse.

Em nome da acessibilidade, o streamer provou que todo mundo é capaz de jogar games mais complexos, como a franquia Dark Souls, bastando ter apenas um pouco de engenhosidade e tempo para aprender os esquemas de controle. Está pensando em experimentar jogar dessa forma?

Via: Ed Nightingale/Eurogamer

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