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Brasileiros criam startup para proteger gamers e captam R$ 1,5 mi

GamerSafer ajuda editores e desenvolvedores de jogos a proteger jogadores e comunidades de fraudes, golpes e crimes como racismo e outras interações negativas
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(Imagem: Reprodução)
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Em busca de revolucionar a segurança em jogos eletrônicos, o  GVAngels e o Harvard Angels, grupos de investidores formados por ex-alunos da FGV e da Harvard, respectivamente, investiram R$ 1,5 milhões na GamerSafer, startup responsável pelo software que tem como principal objetivo ajudar os editores e desenvolvedores de jogos on-line a prevenir crimes, fraudes e outras interações negativas que prejudicam suas comunidades e também os negócios. Segundo estudos da DFC Intelligence, os games são parte da vida de 3,1 bilhões de pessoas ao redor do mundo, ou seja, cerca de 40% da população mundial. 

A indústria do entretenimento gamer reúne atualmente, mais do que nunca, uma comunidade global e conectada, com um fluxo de interação intenso. Este mundo de possibilidades também traz riscos: assédio, bullying, racismo, sexismo, discurso de ódio, roubo de identidade, sequestro de contas, golpes, entre outros. 

Maria e Rodrigo Tamellini da GamerSafer. (Imagem: Divulgação).

Normalmente os games costumam investir em soluções de moderação do seu ambiente, seja com humanos ou com inteligência artificial, mas não tem sido suficiente para resolver o problema. Por isso, uma dupla de empreendedores brasileiros residentes no Vale do Silício, nos EUA, desenvolveu a GamerSafer, uma solução com abordagem diferente, cujo objetivo é melhorar o processo de matching dos jogadores e impedir que essas ações sejam realizadas, permitindo ambientes mais seguros. 

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“Nosso ângulo é inovador: em vez de olhar para a moderação, preferimos entender o perfil de cada usuário, identificá-lo e autenticá-lo antes dele entrar no jogo. Melhorando o matching de jogadores prevenimos que interações ruins aconteçam. A gente consegue erradicar alguns problemas e minimizar bastante a toxicidade. Nossa missão é tornar o ambiente de games mais seguro, especialmente para jovens e crianças”, explica Maria Oliveira Tamellini, cofundadora e COO da GamerSafer.

A proposta

Além de melhorar o ambiente com mais segurança aos jogadores, a solução da GamerSafer também auxilia as plataformas a decidir o que fazer diante do comportamento inapropriado de um jogador, através da tecnologia e da inovação. Para as plataformas de jogos, é de suma importância garantir uma experiência positiva para todos.

“A GamerSafer é uma startup que trabalha para minimizar e combater comportamentos tóxicos, colaborando para criar melhores comunidades e experiências para os jogadores. Estamos apoiando esta peça que faltava neste quebra-cabeça complexo dos games”, explica Marcelo de Castro Fernandes, investidor anjo e mentor de startups do GVAngels e Harvard Angels. 

Demonstrativo da plataforma. (Imagem: Divulgação)

Os riscos do jogos online

Os jogos online para computador, celular e console reúnem dezenas de milhões de jogadores em todo o mundo. Os títulos mais populares ultrapassam centenas de milhões de usuários.
Eles mesclam pessoas de todas as idades (crianças, adolescentes e adultos), que são anônimas e podem interagir e socializar por meio de texto, voz e, em alguns casos, vídeo em tempo real. Este mundo de possibilidades também traz riscos: assédio, racismo, sexismo, bullying, discurso de ódio, preparação, roubo de identidade, sequestro de conta, golpes, entre outros. 

Grandes títulos estão implantando soluções no jogo para identificar riscos e evitá-los. Ainda assim, rastrear bilhões de interações, em tempo real, escritas e faladas, em vários idiomas, é um enorme desafio. Sem falar que, em muitos casos, as interações podem exigir uma interpretação do que é socialmente aceitável por região, entre amigos e outras variáveis. 

O último relatório realizado pela ADL Free to Play (https://www.adl.org/free-to-play-2020) apontou que 81% dos jogadores sofreram assédio nos jogos mais populares em 2019, 68% dos jogos multiplayer online sofreram assédio grave e 22% estão jogando menos ou saindo do jogo. A GamerSafer é a primeira startup internacional a receber aporte do GVAngels. 

Sobre o GVAngels

O GVAngels é o grupo de investidores-anjo formado por ex-alunos da FGV. Desde sua fundação, em abril de 2017, a rede de 250 alumnis da escola já investiu cerca de R$15.1 milhões em 31 startups de alto potencial de crescimento e escala no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. Além do aporte financeiro, as empresas investidas recebem acesso ao smart money de executivos C-Level e empreendedores de sucesso que compõem o grupo.

Mais informações: www.gvangels.com.br

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