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Assunto NERD

Como é o cérebro de uma pessoa com alto QI? Especialistas respondem

Referência em inteligência e com uma das maiores pontuações de QI na atualidade, o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Rodrigues explica
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Einstein
Afinal, o que cerca alguém com QI alto?
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Os gamers chamam de “viciado”, os alunos invejosos de “nerd”, os driblados de “craque”… em quase toda profissão, ela costuma ‘encarnar’ em alguém mais que em todos os outros juntos: a inteligência. E o grau com o qual essa vantagem, também chamada de QI (quociente de inteligência), incide sobre alguns abençoados vira e mexe se torna notícia. E tão intrigante quanto encontrar alguém com QI alto, é entender como funciona a mente de alguém assim.

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    Como é a mente de alguém superinteligente?

    Antes de qualquer coisa, é preciso entender o que define a tal da inteligência. O que define isso? Quais os critérios que devem ser observados para qualificar um indivíduo como superior a outro? Qual a diferença entre superdotado e gênio?

    O PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo com mais de 50 títulos acadêmicosProf. Dr. Fabiano de Abreu é o cientista nacional com maior quantidade de estudos sobre inteligência publicados em artigos científicos, somando mais de 30, também é considerado um gênio com 148 pontos de QI no teste WAIS III e 180 pontos calculando desvio padrão 24. Um dos seus estudos, publicado no Journal of Bio Innovation, o também antropólogo e sua equipe discorrem sobre o que é a inteligência geral.

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    Inteligência cristalizada e fluida

    De início, os pesquisadores destacam que há aqueles indivíduos que possuem um desenvolvimento cerebral mais eficiente do que de outros, e tais variações são determinadas através do tipo de inteligência de cada um. Eles lembram que a psicologia considera dois tipos de inteligência: cristalizada e fluida.

    “A primeira está relacionada ao conhecimento e experiência anteriores e reflete a cognição verbal, já a inteligência fluida requer raciocínio adaptativo em situações novas”. Além disso, é preciso observar que esse nível de intelectualidade de uma pessoa tem grande participação genética, “sendo um percentual de genes que produzem proteínas funcionais está implicada em diversas funções neuronais, incluindo função sináptica e plasticidade, interações celulares e metabolismo energético.

    O Prof. Dr. Fabiano de Abreu. (Imagem: Divulgação)

    Há uma expressão de genes associados aos neurônios principais do córtex e mesencéfalo. Estudos ainda indicam que pode haver relação da função e a estrutura da célula piramidal à inteligência humana relativo ao tamanho dendrítico e velocidade do potencial de ação e o QI”. Diz o chefe da pesquisa, Dr. Fabiano de Abreu.

    Como identificar esse QI?

    Existem diversos recursos para analisar a inteligência de um indivíduo, “como imagem cerebral que investiga a estrutura e funções macroscópicas do cérebro e associações genéticas para identificação de genes e loci genéticos relacionados a inteligência.

    Quando observadas neuroimagens, é possível identificar melhores e maiores conexões na região branca e cinzenta do cérebro“, acrescenta o cientista. Porém, “é importante lembrar que não apenas o volume e espessura da substância cinzenta do cérebro, que são os corpos dos neurônios, como a integridade e função da substância branca nos córtices temporais, frontais, parietais, axônios mielinizados, tem relação com a inteligência”.

    Além disso, eles explicam que existe uma expressão de genes associados aos neurônios principais do córtex e mesencéfalo. “Um estudo com células da região lobo temporal (responsável pela memória, reconhecimento de sinais e linguagens, que são associadas à inteligência) de 35 indivíduos, que haviam realizado teste de QI e obtido uma pontuação alta, demonstrou haver relação da função e a estrutura da célula piramidal à inteligência humana relativo ao tamanho dendrítico e velocidade do potencial de ação e o QI”.

    Já as áreas frontais e parietais do cérebro têm relação com a inteligência fluida, capacidade de pensar e raciocinar de forma abstrata e resolver problemas, lobos temporais na inteligência cristalizada, que envolve “conhecimento que vem de aprendizagem anterior e experiências passadas, e a integridade da substância branca na velocidade de processamento que define o volume da substância cinzenta”.

    Vale lembrar que “o córtex pré-frontal atua como uma central de distribuição de dados onde monitora e influencia as demais regiões do cérebro, a capacidade de resolver problemas de lógica em situações inusitadas independente do conhecimento adquirido já define essa região como líder intelectual e gestora de toda inteligência”, completam.

    Tem uma fórmula

    Para que seja medida a inteligência a partir do teste de QI, utiliza-se a fórmula:

    QI = 100 X IDADE MENTAL (IM)/ IDADE CRONOLÓGICA (IC)

    A escala é:

    Gênio: acima de 144 pontos;

    Superdotado: de 130 a 144 pontos;

    Acima da média: de 115 a 129 pontos;

    Média alta: de 100 a 114 pontos;

    Média baixa: de 85 a 99 pontos;

    Abaixo da média: de 70 a 84 pontos;

    Baixo: de 55 a 69 pontos;

    Muito baixo: menos de 55 pontos.

    Como funcionam esses testes de QI?

    Com vasta experiência no assunto, Leninha Wagner revela como a procura pelos testes vem aumentando e de que maneira eles abrem portas para o futuro da pessoa. 

    É muito comum ouvir na sociedade que uma pessoa é mais inteligente do que a outra. Mas, o que define isso? Quais os critérios que devem ser considerados para qualificar um indivíduo como superior a outro? Como funcionam os famosos testes de QI? Especialista no assunto, a neuropsicóloga Leninha Wagner já realiza esta atividade há muitos anos. Com base em suas pesquisas, ela já aferiu o potencial de muitas pessoas, dentre elas o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu em dois dos seus cinco testes.

    A neuropsicóloga Leninha Wagner. (Imagem: Divulgação)

    Primeiramente, Leninha explica como se define a inteligência: “Ela é a ‘qualidade mental’ que consiste nas habilidades de aprender com a experiência, adaptando-se a novas situações, compreendendo e gerenciando conceitos abstratos e o uso do conhecimento para manipular o próprio ambiente”. Já o Quociente de Inteligência, ou simplesmente conhecido por QI, “se refere a uma medida padronizada da capacidade cognitiva de uma pessoa, estipulada cientificamente a partir de testes”. 

    Como se mede o QI 

    Leninha conta que a testagem é realizada através de testes padronizados, visando à mensuração da inteligência da pessoa: “Baseia-se em um conjunto de tarefas, verbais ou não-verbais, em que são exigidos tipos particulares de comportamentos. Esses testes buscam determinadas respostas diante de situações problemas, que permitem verificar as habilidades e os tipos de relações que o indivíduo é capaz de estabelecer com o meio”. 

    Quais os valores de QI

    Feito o resultado, é preciso saber interpretar o resultado. A neuropsicóloga explica os valores encontrados: “Quando uma pessoa se submete a testagem de QI e alcança resultado entre 115 e 129 ele está acima da média. Superdotado de 130 a 144 pontos e gênio acima de 144 pontos”. 

    Características de pessoas com alto QI 

    Como identificar aqueles que possuem QI elevado? Segundo Leninha, isso é algo muito objetivo. “Pessoas com altas habilidades, ou superdotados, ou ainda gênios, podem ter um comportamento super normal socialmente. Porém, certamente irão apresentar uma maior velocidade no processamento de dados”.

    E as crianças?

    Para os pais e responsáveis que desejam avaliar o QI de seus filhos, a boa notícia é que não há empecilhos para que os pequenos passem pelos testes. “As crianças podem ser testadas e confirmar que são portadoras de alto QI e/ou altas habilidades”, acrescenta.

    “Com o resultado em mãos, os pais podem procurar as melhores escolas que permitirão o pleno desenvolvimento dos pequenos, o que irá ajudar e muito na construção de um futuro brilhante para eles, pois eles se sentirão desafiados e poderão desenvolver ainda mais suas capacidades”, conclui.

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