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Entenda

Como funcionava a ‘Pirataria indireta’ dos chineses que faturaram milhões com Demon Slayer

A polícia chegou a confiscar 37.000 mil produtos falsificados
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Demon Slayer
Demon Slayer (Foto: Reprodução)
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A presidente de um atacadista baseado em Yokohama foi presa por supostamente violar a Lei de Prevenção da Concorrência Desleal do Japão, ao vender milhões de dólares em mercadorias falsificadas de Demon Slayer, manga super famoso no Japão que deu origem a um anime e um filme.

Yuki Saito, 52 anos e presidente da operação de atacado Red Spice, foi presa nesta semana, junto com seu marido e mais dois cúmplices, de acordo com a NHK. Os quatro negaram irregularidades, mas no depósito da empresa na província de Aichi, a polícia confiscou, em abril, 37.000 mil produtos falsificados, que se acredita terem sido feitos na China.

Segundo a CBC News, os itens apresentavam designs e expressões no estilo do anime/manga, estampados em roupas, carteiras, lenços, mochilas, travesseiros e muito mais. Nenhum item era produto oficialmente licenciado, e nem tinham as palavras Demon Slayer ou seu título japonês Kimetsu no Yaiba (鬼 滅 の 刃) neles. Um exemplo é o capuz confiscado, que tem o mesmo padrão usado pelo herói Demon Slayer Tanjiro Kamado.

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As cópias usam também palavras ou frases que lembram a franquia popular, como o kanji metsu (滅), que significa ‘destruir’ e é o mesmo kanji usado em kimetsu (鬼 滅), ou a frase oni taiji (鬼退 治), que significa “extermínio de demônios”. Assim, frases como essas combinadas com padrões usados pelos personagens do manga, podem fazer com que os produtos pareçam oficiais. As autoridades no Japão decidiram que mesmo evocar a franquia já era o suficiente para avançar com as acusações.

Segundo a NHK, os suspeitos venderam cerca de 1,67 bilhão de ienes, equivalente a R$ 78.239.533 milhões, em mercadorias. A empresa vendia produtos para centros de jogos em todo o Japão, como prêmios de resgate de games e em lojas de varejo em geral. Agora, a polícia está investigando até que ponto a circulação da suposta operação se expandiu.

Via: Brian Ashcraft/Kotaku

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