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Gabriela Zambrozuski conta tudo sobre a vida na realidade virtual

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Gabriela Zambrozuski
Imagem: Reprodução Instagram Gabriela Zambrozuski.
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A digital influencer na área de games conversou com o Observatório de Games e contou como foi sua vida até ser considerada uma das principais presenças femininas no mundo dos gamers, falando um pouco ainda sobre a sua infância e como tudo isso a tornou mais forte e persistente para conquistar todos os seus objetivos.

Gabriela nasceu em Porto Alegre, mas ainda bebê se mudou para Osório, uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul. Lá, ela morava em um sítio bem distante da cidade. Nesta época, sua mãe trabalhava como bancária para sustentar as contas e o pai dava duro cuidando de 7 hectares de terra, cuidando dos animais, plantações e das 3 filhas.

Antes de conhecer o mundo dos games, Gabriela sonhava em ser desenhista, pois sua principal distração era desenhar e era isso que ela se imaginava fazendo para o resto da vida. Tudo fluía neste rumo, até que um tempo depois, a família comprou o primeiro computador, que trouxe
com ele alguns problemas para a realidade das possibilidades de internet dentro da zona rural que habitava.

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Nesta época, Gabriela já se interessava por jogos, mesmo sendo os mais antigos, como os de cartas no Windows. A influenciadora ainda relembra que nesta fase, eles compravam um revista que vinha com CD-Rom dizendo conter mil jogos.

Eram mil jogos bem diferentes dos que nós temos hoje, nesta época os jogos tinham um gráfico muito ruim e eram bem lentos, mas para a época eu achava esses jogos o máximo. Conforme eu fui evoluindo nos jogos fui modificando os jogos que jogava como: the sims, GTA, entre outros muito interessantes.

Gabriela conta ainda que com a sua evolução nos jogos o computador passou a ser lento para as necessidades dos games. A influenciadora ainda nos fala que o processo de entrada no mundo dos jogos foi por diversão, exclusivamente diversão, que nunca havia imaginado que um dia esse seria o seu trabalho diário.
Eu tinha horário para jogar, quando atingia o limite de tempo jogando eu
precisava desligar o computador, meus pais sempre foram bem rígidos comigo enfatizando importância de ter horários para tudo, mesmo sendo meu pai o primeiro a me influenciar a jogar.

A jogadora afirma que o contato com os videogames ainda não existia, por ser considerado um “brinquedo de meninos” e também por ser muito caro para as condições financeiras da época. O console mesmo de videogame não foi considerado prioridade, mas o computador sim e já foi o suficiente para que Gabriela começasse a conhecer o universo dos jogos.

Na adolescência, Gabi teve alguns problemas por conta dos jogos, pois não interagia mais, só queria saber dos jogos de computador, e com isso, a jovem foi morar só em outra cidade e cursar faculdade. Nessa fase, ela trabalhou como fotógrafa, e foi dentro da fotografia que teve seu primeiro contato com o mundo de League of Legends.

Dentro do Nexus Pub, a influenciadora soube o tamanho desses jogos, pois todos os produtos eram customizados de acordo com os jogos exclusivamente para atingir o mundo gamer. Esse bar temático foi uma grande influência na vida da de Gabriela, já que por lá ela fez amizades, passou a fazer parte da vida dos donos do local, que foi inclusive onde abriu seu primeiro estúdio de tatuagens.

Foi também ali mesmo que, por incentivo dos donos, as primeiras lives da Gabriela foram gravadas, aproveitando as conveniências técnicas presentes no local, que possibilitam essas transmissões ao vivo. Gabi salienta a importância do Nexus Pub:

Foi lá que comecei com as lives, com a tatuagem, que inicialmente eu fazia
sozinha em casa, sempre fui atrás de aprender várias coisas, na maioria sozinha, foi assim com a guitarra, bateria, teclado entre outras coisas que aprendi de forma autônoma
.”

Gabriela começou com lives na Twitch inicialmente não remuneradas e
enfrentando o preconceito e falta de estímulo. Durante o processo de evolução como gamer influencer, Gabriela relata ter sofrido golpes, entre eles, um de uma empresa que não existia. Longe de ser um começo estável, a gamer várias vezes precisou trabalhar como tatuadora em casa ou como fotógrafa para pagar as contas, já que só trabalhar com os jogos, apesar de ser a sua paixão, ainda não gerava renda o suficiente pra sobreviver.

Gabriela alinhou durante esse período a vida profissional iniciante com a faculdade, que devido a distância, tomava muito seu tempo, mas que ajudou a se apaixonar ainda mais pelos jogos, devido as matérias cursadas de game design.

A influenciadora afirma ainda que após muito tentar ,precisou voltar às origens e investir em novos materiais para voltar a gravar lives e mesmo ganhando quase nada com elas, se dedicava ao máximo.
Mesmo ganhando pouco, sempre dei meu melhor, esse na verdade é o
segredo, pois dar o seu melhor significa se comprometer com quem está te
assistindo, você nunca sabe que pode ser seu espectador, então dar o seu melhor é sempre a melhor saída para conquistar quem está do outro lado da tela.
” diz.

Após o sucesso das lives no Twitch, Gabriela Zambrozuski foi contratada
pelo Facebook para trabalhar exclusivamente fazendo lives de jogos. A parceria durou por dois anos, e possibilitou sua mudança para São Paulo, onde foi possível conquistar sua estabilidade financeira.

Após esses dois anos, Gabriela foi contratada pela Booyah, a plataforma de
lives oficial da Garena Free Fire sendo essa uma das maiores do mundo dentro do ambiente virtual, onde já foi exposto um banner com a foto da Gabriela, dentro do jogo que na atualidade tem cerca de 80 milhões de jogadores online simultaneamente. Considerado o game mais jogado do mundo.

Dentro da Booyah, veio a possibilidade de crescer profissionalmente,
tornando-se analista de um campeonato feminino, a Liga Feminina NFA. Dentro desse campeonato, Gabriela afirmou que todas as jogadoras sofreram com o machismo daqueles que as assistiam, sendo que cerca de 80% dos comentários sobre os jogos eram xingando as participantes e mandando elas “lavarem louça” e criticando a jogabilidade das meninas, falando ainda que o lugar dessas jogadoras não era ali.

Gabriela relata que no final do campeonato, todas tiraram um tempo para
falar com o público, buscando mais igualdade entre os jogadores, sejam homens ou mulheres. Ela ainda diz que as meninas que querem ingressar neste âmbito devem valorizar o seu trabalho e realmente cobrar pelo trabalho desempenhado. Não aceitar qualquer coisa, pois o trabalho deve ser valorizado pelo profissional para ser valorizado por quem o contrata.

Outro ponto que ela aborda é o fato de sempre estarem sexualizando as
mulheres para produzir conteúdo. Este é um grande problema enfrentado pelo público feminino, pois grandes empresas muitas vezes não contratam apenas pelo fato da menina ter um relacionamento ou por não estar dentro de um “padrão de beleza”.

De acordo com ela, “As mulheres tem muito conteúdo a ser passado, mas são submetidas todo tempo a falar sobre beijos, rapazes e joguinhos sexuais em troca de visualizações.” A influenciadora ainda menciona que a sexualização feminina de fato é um problema, mas em contrapartida, existe muito conteúdo bacana sendo produzido por garotas que já estão mudando esse estereótipo.

Ela ainda deu dica para as meninas que estão começando:
Muitas vezes, você vai ler comentários que vão te levar pra baixo. É muito
importante aprender a ignorá-los, pois eles querem fazer com que você desista, quando essas opiniões não somam para você. Deixe entrar por um ouvido e sair pelo outro, pois se absorver isso, só te fará mal. Ser comunicativa e extrovertida também deve fazer parte do processo até para poder fazer amizades, criar comunidades e não ter vergonha de pedir ajuda, como compartilhamentos e likes.

Para saber mais sobre Gabriela Zambrozuski, basta segui-la no seu Instagram.

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https://observatoriodegames.uol.com.br/destaque/ps5-sugere-que-apenas-um-console-pode-ser-comprado-por-familia

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