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Fim dos fuçadores?

Microsoft cede à pressões e Xbox pode ficar mais fácil de consertar

E se fosse possível arrumar seu videogame e estender sua vida útil?
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reposição XBOX
Você já ouviu essa frase antes.
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Assim como praticamente todo eletrônico nesta vida, videogames também quebram (alguns de propósito, mas isto fica para o final da matéria). Contudo, parece que quando o problema for com um console Xbox, isso pode ter um futuro mais interessante para os que tem um dos videogames da Microsoft.

Isto porque na semana passada, a empresa cedeu às pressões do movimento As You Sow (Como você semeia), iniciativa promovida por grupo de investidores que defende políticas de “direito de reparo” feitas por terceiros. As medidas, caso sejam adotadas, poderiam facilitar o acesso à peças de reposição para que o reparo fosse feito sem passar pela empresa fabricante.

Inicialmente, a Microsoft resistiu às demandas do grupo, mas após o assunto tomar força no meio do ano, foi anunciado neste mês que a empresa irá contratar um terceiro para investigar os impactos da proposta nos consoles, além estudar maneiras de habilitar o reparo de dispositivos Xbox e Surface

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Também foi prometido que os consumidores poderão ter acesso à documentação e peças de reparo, disponibilizando-os além de sua rede oficial autorizada. O prazo para apresentar os estudos foram cravados para maio de 2022. Já o acesso à mais peças de reparo deve acontece até o final do ano.

Atualmente, para arrumar algo em um videogame – e praticamente todos os produtos eletrônicos que estejam no mercado – é necessário levar ele numa assistência autorizada. Caso o produto esteja na garantia, nada é cobrado. Contudo, se o produto tiver seu lacre violado, a empresa não só não se responsabiliza, como também não realiza nenhum reparo no aparelho, mesmo pagando.

“Melhor comprar outro”

“Olha, pelo preço que sai esse componente… compensa comprar outro.” É bem provável que todo mundo já tenha escutado esta frase de algum técnico, seja ele manjador de um videogame, celular, TV, máquina de lavar ou qualquer outro eletrônico. Parte deste cálculo ingrato (para consumidor e meio ambiente) se deve às políticas que dificultam a reposição de peças.

De um lado, estão os fabricantes, que se defendem argumentando de que facilitar o caminho para que peças de reparo fiquem mais acessíveis para o consumidor é algo que poderia implicar em riscos à segurança do próprio usuário e isto ainda facilitaria a pirataria de um modo geral.

É o que declara, por exemplo, a ESA (Entertainment Software Association), uma organização da qual a própria Microsoft faz parte, de acordo com o site Kotaku. Do outro, estão os consumidores, que há gerações passam por um processo de encarar a substituição de produtos industrializados como algo natural, mesmo que com pouco tempo de uso.

Controles de console são ainda mais lindos quando desmontados | Video game  controller, Deconstruction, Classic video games
No caso dos videogames, atualmente, para consertar um console – e muitos outros eletrônicos – é preciso levar o aparelho em uma autorizada, ou entregá-lo na mão de um técnico não autorizado, o que consequentemente desobriga qualquer fabricante a se responsabilizar por qualquer coisa assim que o lacre é rompido.

Futuro

Se de um lado está o fabricante e do outro está o consumidor, no meio está justamente o meio ambiente, que ao final das contas, vai tratar de repassar a conta do que realmente está em jogo nisso tudo: o futuro, que a cada momento que passa, deixa o nível mais hard para todos os envolvidos.

Até lá, as empresas seguem emitindo programas e promessas de melhorias de impacto ambiental que possam ser causados por seus produtos e derivados. A Microsoft prometeu zerar suas emissões de carbono até 2030.

O movimento As You Sow está ganhando força pela internet, e caso o assunto siga repercutindo, tudo indica que esta será uma questão que passará a pressionar outros gigantes da indústria de eletrônicos.

De acordo com o As You Sow, os eletrônicos são o fluxo de resíduos de crescimento mais rápido no mundo, e mais de 70% das emissões relacionadas aos computadores são produzidas durante a sua fabricação. 

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