A psiquiatra Anna Lembke, da Universidade Stanford, tem chamado atenção na internet recentemente por conta de alguns apontamentos polêmicos, e isso envolve três grandes ímãs de atenção da humanidade nos dias de hoje: redes sociais, pornografia e videogames.
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Dor e prazer no mesmo lugar
De acordo com Anna, autora do livro “Nação Dopamina“, a busca constante por esses conteúdos gera um tipo de recompensa prazeroso que, a médio-longo prazo, pode ser prejudicial à saúde. A psiquiatra começa seu livro lembrando de um apontamento que já trata de levantar algumas sobrancelhas, ao lembrar que que o cérebro processa prazer e sofrimento no mesmo lugar. E uma vez que tudo se concentre no mesma caixa, “bagunçar” tudo ali dentro é algo bem possível, dependendo da intensidade com que se interage com essas informações.
COVID acelerou muita coisa
Em entrevista ao jornal Estadão, Anna explica que a busca constante por realização plena através de “estímulos altamente compensatórios” como videogames, redes sociais e pornografia tende a gerar frustração. Isso porque o cérebro passa a ficar ávido por recompensas, e pode entrar em um círculo vicioso de compulsão.
Ainda de acordo com Anna, boa parte desse comportamento se intensificou com a pandemia. Confinados e com o celular trazendo tudo na palma da mão, os casos de pessoas viciadas em “dopamina digital” foram se acumulando nas clínicas.
Notificações
De acordo com a psiquiatra, os “lembretes” da “drogas digitais” são responsáveis por atiçar ainda mais o vício das pessoas em games, redes sociais e pornografia. O número nos ícones de atualização das redes sociais e propagandas cada vez mais incisivas deixam a dopamina a um click de distância da satisfação.
Consequências desses vícios
Além de todos os males sociais e de saúde que acompanham o vício, ainda pode ser observado a alta da depressão, ansiedade, irritabilidade, insônia e preocupação mental com esse tipo de droga.
Sinais de vício e hora de dar um pause
De acordo com Anna Lembke, mentir sobre o tempo gasto nessas atividades é um dos principais sinais de que o indivíduo está fora do controle. Comportar-se de modo não consistente com seus valores, sentir-se mais deprimido e ansioso também são indicativos de que a pessoa pode estar precisand ode ajuda.
Diante disso, o mais indicado segundo a profissional é tentar dar uma pausa de pelo menos 30 dias nesses “passatempos”. Caso não se obtenha sucesso, é fundamental que se procure ajuda profissional para lidar com esse consumo compulsivo.
Repercussão
Nas redes sociais, o assunto tem rendido em vários portais, sempre com reações variadas. Confira abaixo alguns comentários feitos no perfil do Quebrando o Tabu, em sua conta no Instagram:
Pelo mundo, existem vários tipos de clínicas e tratamentos que promete tratar o vício em jogos eletrônicos. Na Europa, uma das mais famosas é a Yes We Can, uma clínica de luxo que cuida de jovens com vícios crônicos em games e outras dependências. Confira aqui a reportagem especial feita pelo Observatório de Games.