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Entenda

Quantos animais foram mortos para fazer um macaco jogar videogame?

Ovelhas, porcos, macacos, ratos e camundongos estão sendo mortos para ‘ajudar’ o ser humano
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Neuralink
Neuralink (Foto: Reprodução)
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A empresa fundada por Elon Musk, a Neuralink, que é conhecida por seus implantes cerebrais, está sendo investigada nos Estados Unidos por supostas violações aos direitos dos animais que ocorreram a partir de testes que os levaram a mortes desnecessárias, de acordo com a Reuters.

Segundo a agência de notícias e com fontes internas da empresa de Musk, o objetivo do CEO de acelerar o desenvolvimento da Neuralink e de seus produtos teria causado danos desnecessários a animais e experimentos descuidados, que resultou no aumento de animais mortos.

A Reuters afirma que a empresa matou 1,5 mil animais desde 2018, e não existe uma estimativa precisa acerca das mortes, mas se imagina que foram mais de 280 ovelhas, porcos e macacos. A maioria dos animais mortos foram ratos e camundongos, que são os bichos mais utilizados em testes no mundo.

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O Comitê de Médicos pela Medicina Responsável também acusou a Neuralink de ter mutilado macacos na busca por uma interface cérebro-máquina. Inclusive, a empresa publicou um vídeo no YouTube, há pouco tempo, mostrando o dia a dia dos seus animais de teste.

No começo do ano, a empresa respondeu as acusações detalhando seu ‘Compromisso com o Bem-Estar Animal’ em seu site, e explicou que a pesquisa foi feita em porcos e macacos. Foram revelados também os detalhes sobre suas futuras práticas.

A companhia de Musk falou ainda que seus animais passaram por eutanásia após aviso de veterinários, porém as razões foram variadas. Um dos animais teve complicações cirúrgicas devido ao uso do adesivo biológico BioGlue, e outro foi com o chip cerebral em si. Além disso, quatro animais sofreram infecções por conta do chip, sofrendo eutanásia.

No final do mês passado, Musk falou, durante uma conferência, que a empresa poderia começar testes dos chips cerebrais em humanos nos próximos seis meses. Porém, a Neuralink precisaria receber aprovação do serviço de medicina da FDA, que é um órgão parecido com a Anvisa no Brasil, para iniciar os testes.

Até o momento, a empresa não se manifestou sobre o assunto, mas a reflexão que fica é: até que ponto vale a pena chegar pra implantar um chip no seu cérebro? E quantos animais ainda terão que morrer pra tentar fazer uma pessoa voltar a andar, por exemplo, através de um chip?

Via: Rodrigo Mozelli/Olhar Digital

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