Gary Bowser, hacker da Nintendo, foi condenado a 40 meses de prisão pelo Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste de Washington por criar e vender “software e dispositivos de hackers de console usados para jogar games piratas do Nintendo Switch”.
Veja também:
Quem informou a notícia da condenação foi um comunicado de imprensa publicado pela Nintendo, que dedica parte do texto a elogiar as autoridades americanas. Veja um trecho da ENORME gratidão da empresa, que mais parece estar agradecendo pela polícia ter prendido o próximo Pablo Escobar em vez de um cara que ajudou pessoas a piratear jogos.
“A Nintendo aprecia o trabalho árduo e os esforços incansáveis de promotores federais e agências de aplicação da lei para coibir atividades ilegais em escala global que causam sérios danos à Nintendo e à indústria de videogames. Em particular, a Nintendo gostaria de agradecer ao Federal Bureau of Investigation (FBI), Homeland Security Investigations (HSI) do Departamento de Segurança Interna, ao Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito Oeste de Washington, ao Departamento de Justiça dos EUA ao Crime Informático e Intelectual Seção de Propriedade e Escritório de Assuntos Internacionais do Departamento de Justiça por sua significativa contribuição e assistência”.
Foi argumentado em documentos judiciais, pela promotoria do governo dos EUA, que Bowser era o ‘rosto público’ de uma ‘empresa criminosa’ conhecida como Team Xecuter, estimando que as ações do grupo resultaram em US$ 65 milhões em perdas para a Nintendo, estatísticas essas geralmente questionáveis. Resultado? Cinco anos de prisão como punição.
Por outro lado, a defesa de Bowser alegou que ele era o ‘menos culpado’ dos três membros presos do Team Xecuter, e estava sendo usado apenas para ‘enviar uma mensagem’ porque seus corréus residem em países que não podem extraditá-los. Bowser ainda concordou em pagar à Nintendo uma quantia de US$ 10 milhões durante um processo civil separado que foi resolvido em dezembro de 2021. Que rolo!