A Nintendo segue na contra-mão da indústria de jogos e anuncia que está dando a seus funcionários um aumento de 10%. A notícia vem em meio a demissões em vários grandes editores, incluindo Electronic Arts, Microsoft e Take-Two. O anúncio foi feito durante um briefing de ganhos, onde a Nintendo também anunciou uma queda inesperada nas vendas de consoles.
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A notícia contrasta com as ações recentes de outra grande editora, a francesa Ubisoft. A falta de aumentos para acompanhar a inflação global que elevou o custo de vida levou 40 funcionários da Ubisoft a protestar. Grandes editoras em todo o setor estão cortando empregos em resposta ao aumento dos custos vinculados à inflação.
Os cortes orçamentários também levaram ao cancelamento de vários projetos de editoras, tanto anunciados quanto não anunciados. Um exemplo recente seria o cancelamento anunciado pela Respawn Entertainment do jogo single-player Apex Legends. Da mesma forma, a empresa-mãe da Respawn, Electronic Arts, cancelou uma entrada móvel de sua franquia Battlefield, e o desenvolvedor que a criou foi fechado.
O presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, explicou que os aumentos faziam parte de um compromisso com o crescimento de longo prazo da empresa e de sua força de trabalho. Isso ocorre logo depois que o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, instou as empresas japonesas a oferecer aumentos aos funcionários em resposta a um aumento mundial no custo de vida.
A notícia é especialmente surpreendente, dado que no mesmo briefing, a Nintendo informou que não conseguiu atingir as metas de vendas esperadas. A empresa inicialmente projetou o Switch para vender 19 milhões de unidades. A contagem final caiu 1 milhão de unidades a menos.
A Nintendo perdeu sua previsão de lucro operacional projetada em 102 bilhões de ienes. Apesar da queda, as vendas totais do Nintendo Switch eclipsaram as do PS4.
