Os tempos de pandemia causada pela COVID-19 tem deixado boa parte da população mundial isolada em suas casas. Na comunidade gamer, esse impacto já foi sentido de inúmeras maneiras, da paralisação das fábricas que comprometeu a produção dos videogames Nintendo Switch, passando pelo fechamento de escritórios das gigantes desse setor e chegando por fim aos próprios gamers, que, isolados, experimentaram conveniências e o contrário disso nessa situação.
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Com atividades presenciais interrompidas em trabalhos, escolas e demais atividades sociais, muitos estão afastados do convívio em grupo, mas os tempos modernos dão a oportunidade de todos terem a chance de se conectarem, ainda que virtualmente. E para os gamers, a chance disso acontecer pode ter algumas ferramentas a mais para se tornar realidade.
É o caso do que tem nas mãos o estudante cearense Leon Turuna de Sousa (17), que deu um jeito de usar as ferramentas de Minecraft para diminuir a saudade da escola onde estuda, em Fortaleza-CE.
O estudante recriou no game as principais estruturas de sua escola, o Colégio Estadual Justiniano de Serpa, que desde março se encontra com as aulas interrompidas por conta da pandemia. Por cerca de um mês, Leon foi empilhando bloco a bloco no game até formar a paisagem que, de certo modo, ajuda a reconectar algumas lembranças do local. Confira as imagens:
De acordo com Leon, a iniciativa foi um jeito de minimizar a saudade do local e também destacar a admiração que o estudante tem pela arquitetura do colégio. “Logo depois que começou a quarentena, eu pensei ‘por que não construir a minha escola no jogo em que eu mais gosto de jogar?’. Então, veio à minha mente construir minha escola no jogo, pelo motivo das saudades de estudar e por eu ser apaixonado pela arquitetura do colégio.” diz Leon.
E mesmo jogando Minecraft desde os 8 anos, isso não significa que o processo não encontrou desafios. “Fiz a fachada, as laterais e o interior com piscina e decorações de natureza, procurei fazer a escola como ela foi construída, sem as novas instalações feitas depois dos anos 70. O que deu mais trabalho foi deixar a fachada idêntica dentro de jogo e minimizar as proporções do jogo” relata o estudante.
Nota 10
Embora não seja um trabalho que valha nota, Leon tem compartilhado o resultado do seu trabalho com seus colegas e professores, e no que depender de Cristina, a professora de Redação, tanto o resultado quanto a iniciativa merecem um 10. “Ela elogiou minha criatividade e disse que eu só poderia ser mesmo aluno dela“, brinca Leon ao declarar a avaliação da professora.
Por enquanto, as aulas no colégio estão sendo realizadas remotamente com previsão de retorno presencial somente em agosto ou setembro.