Sim caros leitores. Eles existem! Não são apenas pérolas de adaptações onde um certo Mario enfrenta dinossauros ou para falar de mais recentes da franquia Resident Evil. Estes preferimos dizer que nunca existiram.
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Adaptar qualquer produto, desde um livro, anime, quadrinhos e principalmente os games, nunca é uma tarefa tão fácil. Não apenas por lidar com o gosto das pessoas, mas porque muitas vezes levar para os cinemas certas liberdades de Kenshin (Samurai X), correndo pelos telhados e usando seus golpes, ficam muito estranhos nas telonas. Mesmo assim, se e para adaptar, que faça certo e matenha a base construída do que está fazendo.
Caso queira modificar, como aconteceu com Street Fighter, onde os personagens de Ryu e Ken são contrabandistas e o Balrog virou cinegrafista, é melhor fazer com outro nome, pois do contrário, por que colocar o nome? Para ganhar dinheiro na arrecadação? Então, volta-se ao início e faça o que está lá!
E existem aqueles que acabam fazendo isso, respeitando os fãs e entregando um bom divertimento para eles e para os espectadores que jamais jogaram, mas acabam gostando tanto, que vão atrás destes jogos. Outros fazem suas mudanças, como no caso de Príncipe da Pérsia, até mesmo dando um nome para ele, mas mantém sua essência e acrescenta algumas liberdades que poderiam ser transformadas em um jogo. Portanto, veja abaixo a nossa lista de alguns filmes que podem não ser unanimidade entre os fãs de jogos, mas com certeza não fizeram feio.
Final Fantasy VII: Advent Children
Esta adaptação não chegou a passar nos cinemas brazucas e era difícil até mesmo encontrar nas antigas locadoras. Final Fantasy VII: Advent Children é um filme japonês de fantasia científica dirigido por Tetsuya Nomura, escrito por Kazushige Nojima e produzido por Yoshinori Kitase e Shinji Hashimoto. Desenvolvido pela Square Enix junto com sua subsidiária Visual Works, ele faz parte da subsérie mediática Compilation of Final Fantasy VII, que se baseia no mundo e na continuidade da história do jogo eletrônico Final Fantasy VII. Advent Children foi lançado em DVD no Japão em 14 de setembro de 2005, sendo lançado no resto do mundo em 2006.
Esta é uma ótima adaptação e os fãs ficaram felizes como ela foi feita. Sua animação é muito boa, até mesmo para os padrões de hoje. Seu único problema é que ele foi feito apenas para quem jogava, dificultando assim o entendimento daqueles que jamais chegaram perto de um Final Fantasy.
Resident Evil: Degeneração
Aqui mais uma animação. Pode até parecer que para ser bom, tem que ser uma animação. Mas sabemos que não é bem assim. Principalmente com as animações feitas de Mortal Kombat, para ter apenas um exemplo. O enredo mostra que o vírus mortal T foi erradicado. Sete anos depois, um passageiro chega aos EUA com os mesmos sintomas, e zumbis tomam o aeroporto. Surgem dúvidas sobre a erradicação do vírus, e o governo manda seus melhores agentes investigarem. A primeira animação em CGI, para os dias de hoje, não são tão bonitas e alguns podem até estranhar. Mas para a época eram até boas. Possui uma ótima história que se liga aos acontecimentos dos jogos e aqueles que nunca tinham jogado, puderam compreender sua história. RE ainda ganhou mais duas adaptações, Damnation em 2012 e Vendetta em 2017, que melhoraram no quesito CGI e também em conteúdo, mesmo que o terceiro tenha deixado um pouco a desejar no terror e um exagero nas cenas com Leon.
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
O filme de 2010 é sem dúvida alguma um bom exemplo de como fazer uma adaptação. A história não deve apenas servir de fanservice para aqueles que conhecem os jogos, mas também apresentar a aventura para um novo público. Lembrando que os filmes não devem viver apenas de fanservices, pois se for assim, onde está o conteúdo? Esta adaptação tem como enredo a cidade sagrada de Alamut onde ficam as Areias do Tempo, que dá aos mortais o poder de voltar ao passado. Após liderar um ataque à cidade, Dastan (Jake Gyllenhaal), o filho adotivo do rei da Pérsia, consegue uma adaga que lhe dá acesso às Areias. Dastan foge com uma princesa Alamut chamada Tamina (Gemma Arterton) após ser acusado de matar o pai. O casal precisa proteger o tesouro antigo e desmascarar o assassino do rei. Aqui está sem dúvida uma adaptação que teve maioria aprovando, como público e crítica.
Mortal Kombat – O Filme
“Mortaaaaal Kombatiiiiiii”. Quem não se lembra do grito e da forte batida da música tema do filme de 1995? Curiosamente, este grito não é original da trilha sonora e sim de uma propaganda do game, que os responsáveis pela música acabaram colocando na mesma.
Os planetas estão desalinhados e para deter as forças do mal e salvar a humanidade, Lord Rayden, o protetor da Terra, escolhe as três pessoas capazes de vencer o Mortal Kombat, disputado pelos melhores lutadores do universo. O longa trouxe até um elenco razoável, como a estrela da época Christopher Lambert de Highlander. Pode até parecer, e é, uma adaptação muito estranha, mas com certeza ela segue a estranheza do primeiro game dos anos 1990.
Terror em Silent Hill
A adaptação de 2006 do game Silent Hill também não fez feio. E o filme ainda conta com o ator Sean Bean que na época ainda tinha o seu nome lembrado pelo primeiro filme da triloga Senhor dos Anéis. A história segue a filha de Rose que é atormentada por visões desde pequena. Desesperada com a piora da menina, Rose decide levá-la à cidade que sempre menciona durante os pesadelos. Próximas ao local, elas sofrem um acidente e a criança desaparece misteriosamente. O longa pode ter suas mudanças, mas mantém muito do que Silent Hill possui, como sua atmosfera, os enigmas, a parte psicológica e principalmente as enfermeiras em um certo vilão com um triângulo na cabeça.
Street Fighter: Punho Assassino
Quem disse que a única boa adaptação é Street Fighter 2 O Filme? Antes que pense besteira, não é aquele com o Van Damme e sim a animação com a famosa cena do chuveiro da Chun Li. Voltando ao Punho Assassino, é uma adaptação independente feita para o YouTube e que agora pode ser conferida no Prime Video. Street Fighter: Punho Assassino é uma websérie live-action, desenvolvido pelo diretor, coreógrafo de lutas, escritor, ator e lutador marcial Joey Ansah e pelo ator, escritor e lutador marcial Christian Howard e pela indicada ao Oscar de melhor produção, Jacqueline Quella. A história tem como foco a história de Ryu e Ken descobrindo o passado de seu mestre, Gouken, e aprendendo os segredos da “arte maligna”, Ansatsuken. O formato da websérie foi lançado no canal do YouTube Machinima.com em 23 de maio de 2014 e os formatos subsequentes (TV e DVD/Blu-ray) foram lançados posteriormente nos mesmo ano. Nos Estados Unidos foi lançado em 27 de Outubro de 2014 e o IFC Center lançou o filme em 7 de Janeiro de 2015. O longa teve uma sequência, Street Fighter: World Warrior ( Street Fighter: Guerreiro Mundial).
Esta sem dúvida faz os fãs ficarem felizes. Os atores podem não serem excepcionais em seus papéis, mas levam muito bem o que fazem. A história também é muito boa, com pequenas liberdades em algumas histórias de origem, mas que cabem, a final de contas nem a Capcom conseguiu acertar sua linha do tempo.
Ainda existem outros como World of Warcraft: O Encontro de dois mundos, que pode ter sofrido com as críticas e alguns fãs, mas ainda é uma boa adaptação, seguindo os conceitos do jogo e sua aventura. Pode-se ainda dar um voto para um filme homenagem, que é Detona Ralph, que traz vários personagens dos games para o divertimento de várias gerações.