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Como lidaremos com os jogos digitais cada vez mais pesados?

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internet ps5 e xbox series x
Spoiler: Vai ser complicado.
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Desde que a opção de se baixar um jogo foi viabilizada via canais oficiais, as plataformas solucionaram um problema e tanto: eliminar a custosa logística necessária para se fazer um game chegar às prateleiras. Contudo, isso desaguou em outro desafio: Como lidar com a transferência de jogos cada vez maiores, diante de velocidades de internet frustrantes em boa parte do mundo?

Como a comercialização das mídias digitais parece um caminho sem volta, quem pensar em como dinamizar esse download fica diante de dois questionamentos:
– É mais fácil diminuir o peso dos jogos ou melhorar a qualidade da internet?

Não tem magia, mas tem jeitinho

Da parte gamer, a Microsoft, prestes a lançar sua próxima geração de consoles representada pelo XBox Series X, já adiantou: “Não tem magia“. A declaração foi dada por Jason Ronald, um dos principais desenvolvedores do futuro console, durante uma entrevista para o Eurogamer.

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Jason afirma que, por enquanto, não há como compactar ainda mais os jogos, mas acredita que algumas das novas funcionalidades serão extremamente úteis para reduzir os tempos de espera.

Não existe magia para tornar os jogos menores. Mas tudo de que apresentamos, desde as tecnologias de compressão que permitem que a imagem do disco e a quantidade de dados que precisa descarregar sejam menores, também demos aos criadores muitas ferramentas para que possam ser mais inteligentes sobre quais partes serão instaladas e quando.

Por exemplo, se você está com um console cujo idioma padrão está no inglês, precisa instalar mesmo outras línguas? ” deduz Jason, lembrando que a tecnologia Fast Start pode ser uma excelente colaboradora na hora da máquina escolher o que é mais pertinente no download.

Não tem magia, mas pode ter

Embora a Microsoft, empresa que atualmente mais se manifesta sobre essa necessidade atual, tenha em mente que não há como fazer mágica para socar um conteúdo monstro em um disquinho, a empresa entende que é possível estudar maneiras para que entre o download e o start ninguém sofra de ansiedade. “É mesmo um desafio. E é de fato algo no qual trabalhamos.” garante, em nome dos caxeiros.

E a internet?

Bom, a internet segue no modo hard para muitos. Embora países como a Coreia do Sul já ensaiem o 5G, o Brasil ainda conta com muitos lugares onde a internet, mesmo via rádio, ainda é um luxo. Cidades como Presidente Prudente (localizada no rico estado de São Paulo, por exemplo) cheia de faculdades, com afiliadas de canais abertos como Globo e SBT dentre outras características de cidade grande, tinha até pouco tempo atrás a fibra óptica como ostentação.

Diante deste cenário, não é difícil deduzir o que acontece indo um pouco mais a fundo no restante do país. Assim, tudo indica que os próximo anos seguirão com jogos cada vez mais pesados e serviços de internet que até podem seguir melhorando a sua velocidade, mas estando ainda muito aquém daquilo que poderia ser, de fato, algo considerado rápido para download de jogos.

Nas nuvens?

De acordo com entusiastas, outra frente que promete ser mais eficiente nessa busca por encurtar esperas é a nuvem. Com uma tecnologia que resumidamente deixa o jogo e o videogame de um lado da linha e o jogador e o joystick do outro, tudo parece ficar mais enxuto e eficiente.

Serviços de streaming de jogos como o Stadia, por exemplo, prometem executar o serviço com eficiência e sem travas, mesmo que a “linha” (internet) não seja uma coisa que se diga “Minha nossa, isso é muito Black Mirror”.

Contudo, esse videogame do Google que roda através do seu navegador oficial ainda não desembarcou no Brasil, e já se vão alguns meses desde que ele estreou em alguns países de internet digna de acionar o meme “bando de burguês safado”.

BANDO DE BURGUÊS SAFADO!MEME on Make a GIF

Fora isso, vale lembrar que o serviço já conta com algumas panes por lá. Contornáveis, de fato, mas que, viralatismos à parte, sempre nos leva ao jargão popular “imagina aqui”.

Viajando no futuro: App na TV ou Hd de vidro?

Em suma, para qualquer que seja a solução, os jogos da próxima geração estão virando a esquina. E eles são volumosos, exigentes e pelo jeito, dadas as atuais capacidades de compactação, vem para ficar. Por enquanto, tudo indica que ainda vamos estufar HDs e sofrer com internet por mais um tempo até que a gente compre apenas um joystick, aponte-o para a Smart Tv e diga: PS6 (ou 7). Jim Ryan, CEO da Sony, já falou sobre essa possibilidade, como você pode conferir no link abaixo:

Por fim, já que o momento, mais do que nunca (dada a pandemia) é de estudar sobre como pode ser o futuro, não custa revisitar essa ideia de 2013, caso o mercado siga no conceito de que o bom mesmo é ter um HD físico em casa pra guardar nossos monstros:

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