A comunicação através das ‘partys’ da Playstation Network parece ter deixado de vez de ser somente para gamers. A Polícia Federal revelou que os integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas da América Latina, se utilizavam da PSN para comunicação.
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Segundo matéria do Estadão, a PF descobriu que os membros da organização criaram cadastros na plataforma da Playstation, após desconfiarem de aplicativos mais tradicionais de mensagens como ‘Whatsapp’, e passaram a utilizá-la para reuniões. Através dos chats de voz e texto, os integrantes conversavam para mapear as próximas atividades do grupo.
A comunicação aparentemente acontecia através de vários consoles de Playstation 4. Como não é necessário abrir um jogo para utilizar a “party”, a conversa ocorria como se fosse no telefone. Os integrantes da facção podiam criar uma sala nova a cada vez, utilizar nicknames e se comunicar normalmente.
“O que as redes sociais haviam embaralhado e subtraído da polícia na década passada — por meio da oferta de comunicação criptografada — os videogames ampliaram.”, declarou a Polícia Federal ao veículo.
A PF não confirmou se ações já foram tomadas junto à Sony no Brasil para bloquear as contas dos membros do PCC. De acordo com a reportagem, a iniciativa fazia parte de uma série de novas abordagens da organização, que incluía também utilizar criptomoedas, as famosas bitcoins, para pagar parte das suas ações.