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Denúncia

Capcom é acusada de manter funcionários trabalhando após cyberataque

A Capcom foi acusada de manter funcionários trabalhando, apesar dos pedidos de distanciamento social devido ao Covid.
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Cyber Attack Capcom
Imagem: Ilustração
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Em novembro de 2020, a Capcom sofreu um ataque cibernético onde um terabyte de dados sobre consumidores e funcionários foi roubado. Em janeiro, enfrentando outra onda de COVID-19, o primeiro-ministro Yoshihide Suga declarou estado de emergência para várias prefeituras do Japão, incluindo Osaka, onde o escritório principal da Capcom está localizado.

Este estado de emergência tinha como objetivo limitar a propagação do vírus, mas a Capcom parece ter priorizado outras coisas, de acordo com um relatório de denúncia do Business Journal of Japan. Em uma época em que a nação foi solicitada a trabalhar em conjunto para proteger uns aos outros, relatórios preocupantes estão chegando de funcionários da Capcom durante a pandemia sem precedentes.

A denúncia

O relatório do denunciante diz que os funcionários da Capcom foram forçados a trabalhar logo após o ataque cibernético em novembro passado, concluindo que não poderia garantir a segurança dos dados sob as restrições de trabalhar em casa.

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Um e-mail enviado aos funcionários em janeiro, informava sobre seu retorno ao escritório, onde dizia que “não há escolha a não ser vir trabalhar“. Notavelmente, o relatório não parece violar imediatamente a Lei de Padrões Trabalhistas do Japão, só que a empresa está oferecendo negociações questionáveis com seus funcionários e a força de trabalho durante a pandemia e estado de emergência, ou seja, ou retorna, ou vem para cá. Dá na mesma!

Resposta da empresa

A Capcom disse que está fazendo o possível para cumprir a Lei de Padrões Trabalhistas e o estado de emergência: os funcionários passam por uma verificação de temperatura ao chegar ao trabalho, turnos escalonados foram implementados para garantir que eles não trabalhassem muito próximos e as máscaras fossem aplicadas.

O relatório, no entanto, disse que horários de trabalho flexíveis são reservados para cargos mais altos dentro da empresa, sugerindo que as vidas dos funcionários de nível inferior não são tão importantes assim. O ambiente assustador preocupou muitos funcionários e despertou o interesse de organizações de vigilância pelos direitos dos funcionários.

A Capcom está longe de ser a primeira empresa que está se recuperando de um ataque cibernético, já que a CD Projekt Red ainda está lidando com o roubo de dados. Ainda assim, a Capcom é notavelmente uma das poucas empresas de game que continua a, como diz o Business Journal of Japan, “Forçar os funcionários a virem trabalhar“.

Um executivo sênior da Capcom explicou aos funcionários que, embora 70% do Japão trabalhe em casa, 30% precisa continuar trabalhando para apoiar a economia japonesa. Portanto, os funcionários da Capcom estão nos 30 por cento.

O caminho à frente da indústria de games não é facilmente analisado durante a pandemia, onde situações de trabalho em casa aumentam muito o risco de ataques cibernéticos, pois a comunicação é fragmentada em uma variedade de canais.

Enquanto algumas empresas estão oferecendo planos permanentes de trabalho em casa, como a Square Enix, empresas como a Capcom estão aparentemente cada vez mais desesperadas para manter os dados seguros, mesmo que supostamente isso represente um risco para os funcionários.

Via: Kokatu/Game Rant/Screen Rant/Business Journal of Japan

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