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Drone autônomo do exército pode ter atacado humanos

Drone com inteligência artificial teria identificado e resolvido atacar, por conta própria, soldados libaneses
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Terminator and Drone
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A chamada e a foto podem até ter ares cômicos com essa coisa do Exterminador e a rebelião das máquinas, mas o assunto é sério. De acordo com um relatório do Conselho de Segurança da ONU, em março deste ano, um drone autônomo pode ter atacado humanos durante uma missão secreta.

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    A inteligência artificial da máquina voadora teria ido para cima de soldados das tropas aliadas ao general líbio Khalifa Haftar em março deste ano. Não se tem notícias sobre a efetividade da investida da máquina, e até o momento, não foi informada a morte de nenhuma pessoa nesse episódio.

    O drone

    O drone seria um do modelo Kargu-2, é fabricado por turcos da STM e teria atacado humanos por conta própria, isto é, sem receber qualquer tipo de orientação de escolha de alvo feita por um operador humano. “Os sistemas de armas autônomas letais foram programados para atacar alvos sem exigir conectividade de dados entre o operador e a munição: na verdade, eles possuem uma real capacidade de encontrar e disparar, utilizando algoritmos de aprendizagem de máquina”, diz parte do relatório da ONU.

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    E diferentemente do que estamos nos acostumando a ver quando o assunto é drone, estes modelos estão longe de se parecerem com meros brinquedos voadores ou ferramenta de cinegrafistas. De lá do alto, o Kargu-2 possui uma tecnologia que classifica e analisa objetos e pessoas potencialmente perigosos, e ainda pode se comunicar com outros 20 modelos iguais para ações sincronizadas contra esses alvos.

    Em resumo, trata-se de um mini Kamikaze, mas sem piloto e com uma precisão muito maior, já que podem identificar esses alvos perigosos e avisarem o operador. A diferença aqui foi que o alvo identificou supostas ameaças e foi para cima delas sem aguardar qualquer tipo de comando humano.

    Rebelião das Máquinas?

    Há tempos, o uso de inteligência artificial em máquinas gera debates acalorados na ciência. Em 2014, o famoso físico e cientista Stephen Hawking, disse à BBC que a criação de máquinas pensantes éram, desde já uma ameaça à existência humana.

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    “O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana”, disse Stephen Hawking

    E se o desenvolvimento de máquinas autônomas já gera temor, o uso disto em robôs armados deixa tudo ainda mais alarmante. De olho nessa possibilidade, desde 2012 existe uma ONG chamada “Stop Killers Robots”, cujo objetivo principal de trabalho é fazer com que esse tipo de máquina não exista.

    Um comício em Berlim em 2019 para pressionar pelo banimento de armas autônomas.

    Atualmente, países como EUA, China e Reino Unido possuem exemplares de drones com a tecnologia em questão. E diante de máquinas que podem pensar por conta própria para decidir o que é um alvo, o que dá calafrio em parte da comunidade científica é não saber até onde vai essa reflexão das máquinas para identificar quem é realmente a grande ameaça do que, e para quem.

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