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Ciência

Iraniana cria motor que reduz ida à Marte de 7 meses para 21 dias

Protótipo da cientista pode representar um marco nas viagens espaciais
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Fatima Ebrahimi
A cientista iraniana Fatima Ebrahimi. (Montagem: Reprodução)
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Embora estejamos mais tecnologicamente avançados do que nunca, chegar em Marte em um tempo relativamente curto parece coisa de games ou ficção científica. Hoje, na melhor das condições, levaríamos de 7 a 10 meses para chegar até lá. Contudo, uma iraniana desenvolveu uma solução de transporte que pode reduzir drasticamente esse tempo de viagem até o planeta vermelho em até 10 vezes.

O feito é assinado pela cientista Fatima Ebrahimi, que desenvolveu um novo protótipo de motor de fusão, cuja tecnologia é baseada no princípio das explosões solares para elevar o nível da velocidade de foguetes com o destino em questão.

Com esse tempo ultra reduzido, problemas como desgaste psicológico, físico e radiação durante a viagem estariam bem mais fáceis de serem contornados. E diante de um deslocamento tão potente como este, nada impede em tese que a a ousadia interplanetária se estenda para além de Marte, podendo ir, por exemplo até às luas de Júpiter e Saturno.

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O motor que simula o fenômeno solar

De acordo com o estudo, que foi publicado no Journal of Plasma Physics, a cientista propõe a utilização do princípio de reconexão magnética, um fenômeno que acontece em todo o universo, inclusive na superfícies do Sol. Nele, linhas de campos magnéticos coincidem para se separar de repente e se unir novamente, gerando plasma, produzindo grandes quantidades de energia. Isso poderia representar um enorme avanço em relação aos atuais propulsores, que oferecem pouco impulso e velocidade.

As viagens de longa distância levam meses ou anos porque o impulso específico dos motores de foguetes químicos é muito baixo, então a nave demora um pouco para ganhar velocidade”, disse Ebrahimi, doutora em física do plasma pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

Vale ressaltar que não é a primeira proposta de motores de plasma para propulsão. Existem alguns que utilizam campos elétricos para expulsar os íons de plasma que usam diferentes combustíveis. Também há motores de íons, como o que a NASA utilizará em sua sonda Deep Space I, que também utiliza campos elétricos para acelerar e expulsar elétrons de gases pesados, como o xenônio.

O que Elon Musk e Nasa achariam disso?

Por enquanto, as organizações ligadas à exploração espacial não demonstraram nenhuma reação diante dos estudos da iraniana. Elon Musk, bilionário que investe no segmento há anos, poderia ser um dos interessados em desenvolver essa ideia, que poderia servir para Marte, ou, numa hipótese menos ambiciosa, comercializar o “bate-volta” na lua.

Armstrong e sua tripulação levaram 4 dias até nosso satélite natural, já com a ideia da Iraniana, em menos de 10 horas um foguete estaria desacelerando para pousar. Por enquanto parece ficção, mas diante dos macacos de Musk jogando videogame com a mente, de repente, Marte é logo ali.

Via: Daily Mail e Energy.gov

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