O livro ‘The Ultimate History of Video Games, Vol. 2’ detalhou como Marvel’s Spider-Man acabou se tornando um exclusivo da Sony, e embora a Activision tenha publicado jogos do personagem por 14 anos, Jay Ong, vice-presidente executivo da Marvel Games, sentiu que a editora não estava fazendo o suficiente com o IP.
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Depois de cortar uma parceria de uma década com a Activision, a Marvel Games estava comprando o IP do Homem-Aranha para outras grandes editoras. Portanto, assumir um IP externo não se encaixava na estratégia de negócios da Microsoft na época, e eles recusaram. Daí a Sony arriscou investindo no Homem-Aranha, e valeu realmente a pena.
“Você julga [jogos de super-heróis] por um padrão diferente, um padrão mais baixo porque a maioria dos jogos de super-heróis e a maioria dos jogos licenciados eram muito ruins”, disse Ong. Os editores dariam aos estúdios, como resultado, orçamentos muito conservadores para jogos de super-heróis, só que o padrão mudou quando Arkham Asylum passou a vender 10 milhões de cópias, e foi aí que Ong se separou da Activision.
O executivo estava buscando uma editora que não se contentasse com ‘jogos licenciados de baixa qualidade’ e pudesse ver o IP como um investimento de longo prazo. A Nintendo estava fora, já que eles trabalhavam com suas próprias franquias. O Xbox ‘queria se concentrar em seu próprio IP’.
Então, quando Ong abordou a PlayStation, ele vendeu, para seus vice-presidentes, a seguinte ideia: “Poderíamos vencer o Arkham e ter um jogo e talvez vários jogos que poderiam impulsionar a adoção de sua plataforma”. Dessa forma, a Sony apostou US$ 100 milhões em um jogo da Marvel.
O projeto foi entregue a um estúdio independente bem conceituado chamado Insomniac Games, e a empresa tinha um longo histórico de excelência técnica, e seu jogo anterior apresentava jogabilidade com base em parkour.
Segundo Ted Price, CEO da Insomniac, o estúdio foi aquele que ficou mais entusiasmado com o Homem-Aranha. O jogo atraiu comparações favoráveis com Arkham Asylum no lançamento, que sempre foi o objetivo de Ong. “Arkham foi quem mudou a narrativa [do baixo padrão]. Foi inspirador para nós nos primeiros dias”, relembrou o executivo.
