Já faz um bom tempo que a discussão até quando os jogos físicos continuarão a ser distribuídos acontece. Assim como aconteceu com o audiovisual que com o tempo foi diminuindo a venda de DVDs e Blue Rays de seus filmes e séries, já que o mercado de streaming apenas cresceu, o mesmo está sendo visto com os jogos.
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Como bem analisado no artigo de 28/09/2020 do editor chefe do Observatório de Games, Marx Walker sobre o lançamento dos novos consoles da Sony e Microsoft com o título Será a última geração com console físico? Sony e Microsoft opinam, “De fato, isso é algo que dá pra pensar ao ver que Sony e Microsoft vão lançar (cada uma) dois consoles de uma vez só, um tradicional e outro só para rodar jogos digitais”, a tendência de acabar com as vendas físicas é praticamente um fato.
Não é algo surpreendente. É nítido e evolutivo, como foram com os cartuchos para o CD e assim por diante. É inegável que os jogadores atuais compram seus jogos através de mídias digitais, preferindo o conforto de sua casa e um apertar de botões para confirmar a sua compra. Ou até mesmo, em vez de comprar, testar seus títulos por programas de assinatura como o PS Plus e o Xbox Game Pass.
E agora, conforme publicação do site Tec Mundo, a Microsoft confirmou que os jogos em mídia física não irão mais existir. Lógico que aqueles já confirmados ainda chegarão nas lojas, assim como os títulos que estão a venda no mercado. Mas quando a distribuição final irá acontecer, isso não foi confirmado pela Xbox brasileira.
Ainda segundo o Tec Mundo, uma fonte totalmente confiável disse que a Microsoft irá abandonar a localização de jogos no idioma brasileiro, tanto das legendas como na dublagem. Isso não foi confirmado pela Microsoft, mas é algo que os jogadores nacionais já estão acostumados, com muitos títulos que chegam para nós, sem legendas e/ou dublagem.
De qualquer forma, é aguardar para ver e saber se isso realmente irá acontecer. O Observatório de Games entrou em contato com a assessoria do Xbox no Brasil e está aguardando uma resposta. Quando acontecer, traremos novidades.
Pontos que foram abordados em nosso artigo sobre o fim dos jogos digitais ou não
O que diz a Microsoft
O Yahoo Finance perguntou a Phil Spencer, chefe da Divisão Xbox, se esse investimento pesado em jogos em nuvem poderia fazer com que a próxima geração de console se tornasse a última, e o executivo respondeu que o Xbox está “absolutamente” planejando mais hardware de console.
“Queremos colocar o jogador no centro. Não se trata mais do dispositivo do meio ”, disse Spencer. “Você vê isso em todas as outras formas de mídia: minha TV está comigo onde quer que eu vá, minha música está comigo onde quer que eu vá.”
“Estou no controle da experiência e acho que os jogos estão passando pela mesma transformação. É por isso que, como você diz, se você é um assinante do Game Pass, agora pode jogar seus grandes jogos em nosso console Xbox, em seu PC ou agora em seu telefone Android via streaming.”
Como você viu, os jogos já estão nesse caminho. O próximo passo natural é deixar a nuvem forte o suficiente para processar a jogatina de jogos AAA em massa.
O que diz a Sony
Ao contrário do que diz Spencer, Jim Ryan, CEO da Sony, faz a linha do “Quem sabe o que está para acontecer?”. Em uma entrevista dada no meio do ano passado, Ryan contextualizou um pouco sobre esse papo de transição. Naquela época, ele obviamente já sabia que haveriam dois PlayStations e não poderia falar sobre isso, mas deixou claro a mensagem de que embora não se saiba o que pode acontecer em 5 anos, as mudanças para o jeito de jogar videogame virão de maneira gradual. Confira um trecho:
“Quem sabe como é o mundo daqui a cinco anos? Quando você tem essas grandes empresas entrando em seu espaço, eu acho que simplesmente ver o mundo nos termos que você viu nos últimos 25 anos, com a concorrência que você teve nos últimos 25 anos, provavelmente não é uma abordagem muito sensata a tomar.
Qualquer transição será estável e gradual. Eu construí empresas PlayStation em todo o mundo. Posso falar sobre a infraestrutura em algumas partes do mundo onde temos empresas muito grandes, e elas não serão propícias para, você sabe, um modelo totalmente streaming por anos, anos e anos.
Jim afunila quando o assunto é vai ou não ter mais console. Confira:
“De fato, eu realmente não sei. Eu estive por aí um tempo, e eu sentei lá em 2012 e ouvi todos os tipos de pessoas inteligentes me falarem sobre o celular e que o PS4 seria o mais terrível fracasso de todos os tempos.
A lógica foi certamente difícil de criticar. Mas acreditamos naquele produto, acreditamos neste produto da próxima geração agora. Quem sabe como isso pode evoluir? Modelos híbridos entre console e algum tipo de modelo de nuvem? Possivelmente isso. Eu simplesmente não sei. E se eu soubesse, não te contaria.“